terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Maior shopping dos EUA contrata Papai Noel negro pela primeira vez

A magia é para todos e, claro, não tem nada a ver com a cor da pele. Por isso, pela primeira vez em 24 anos, o shopping Mall of America, na cidade Minneapolis, em Minnesota, nos Estados Unidos decidiu contrar um Papai Noel negro e fazer a alegria das crianças.

O papai noel é abraçado por crianças no shopping Foto: Leila Navidi / MBO
O bom velhinho contratado foi Larry Jefferson, um veterano, que ficará de quinta a domingo, como parte de sua experiência. “É preciso haver mais Papais nóeis de várias cores porque esta é a América, e as crianças precisam de ver um de Santa que se parece com eles”, disse Jefferson ao Washington Pós . "Isso ajuda as crianças a se identificarem com o amor e o espírito do feriado, sabe?”, ressaltou.
O maior shopping dos EUA inovou com um papai noel negro Foto: Leila Navidi / MBO
As crianças com Papai Noel no Mall of America Foto: Leila Navidi / MBO
O Papai Noel descreve o trabalho como “um chamado”, e diz que não deve haver muita confusão com o primeiro negro no cargo. “É hilariante para mim, eu realmente estou contente com isso. Todo mundo está fazendo disso uma grande coisa sobre isso porque eu sou um Papai negro, mas Deus, eu sou apenas Papai Noel”, disse.
O papai noel é interpretado por um veterano Foto: Leila Navidi / MBO
Mas a notícia acabou não agradando a todos, e comentários racistas foram feitos em reportagens. O jornal local "Minneapolis Star-Tribune" proibiu comentários na reportagem especial que fez sobre o papai noel, e muitas mensagens preconceituosas foram postadas nas redes sociais.
Fonte: http://extra.globo.com/noticias/mundo/maior-shopping-dos-eua-contrata-papai-noel-negro-pela-primeira-vez-20596471.html
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Inclusão: 7 professoras mostram como enfrentam esse desafio

Educadoras compartilham a experiência de ensinar alunos com necessidades educacionais especiais. As soluções sempre envolvem o trabalho em equipe


Ainda não existe uma lei nacional que obrigue a redução de alunos em classes que tenham crianças com NEE. Em algumas Secretarias de Educação, entretanto, isso já ocorre, como na de Cuiabá e na de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo - nesta, a lista de chamada pode ter cinco nomes a menos. Por isso, a primeira coisa a fazer é verificar se a Secretaria de Educação a que você está vinculado é uma delas.

A professora Sueli Alves, de São Bernardo do Campo, foi beneficiada pela medida. Na EMEB Helena Zanfelici da Silva, onde ela leciona, as salas têm em média 30 estudantes e a dela, um 2º ano, tem 23 - três deles com NEE. Por causa de Ageu Soares de Oliveira, 9 anos, autista, ela também tem o auxílio de uma estagiária de inclusão, Leda Aparecida da Silva Costa, solicitada à rede. "Ele precisa de alguém que incentive sua comunicação e o ajude no trabalho com os colegas. Essa educadora contribui para tornar efetiva a participação dele em todas as atividades", explica Sueli. "Com a parceria, aos poucos, conseguimos que ele se interessasse mais pelos conteúdos e passasse a interagir com os outros estudantes." Após o rearranjo, a professora conseguiu potencializar o trabalho, do planejamento à realização das tarefas em classe. "Agora tenho mais tempo para organizar a turma e observar as dificuldades de cada um mais de perto."

Ter o tamanho da turma reduzido e contar com um auxiliar é um benefício essencial para que a Educação inclusiva funcione. Infelizmente, muitas vezes é difícil e demorado obter isso junto às redes. "Nos locais em que essa não é realidade, o professor costuma se sentir sozinho em sala de aula", afirma Sonia Casarin, docente da pós-graduação em Educação Inclusiva do Instituto Superior de Educação Vera Cruz, em São Paulo. Em casos como esses, que ainda são maioria, a especialista sugere dividir a sala em grupos produtivos, aproveitando a competência de cada um. "Ao colocar para trabalhar juntos alunos com saberes diferentes, é possível beneficiar todos, e não somente os que têm NEE", afirma Sonia.
  • Como conseguir recursos quando a escola não tem sequer a infraestrutura adequada?
    "Buscar soluções conjuntas, com os demais professores e gestores, é o melhor caminho. Assim, a escola pode obter os materiais necessários e cursos de formação junto à Secretaria de Educação, ao MEC ou a outras entidades da área que existam na cidade." Ozana Vera Giorgini de Carvalho, professora da sala de recursos da EM Vasco Pinto da Fonseca, em Contagem, MG.
    Conversar com a equipe gestora para verificar o que pode ser resolvido pela escola e o que precisa ser solicitado à rede são os primeiros passos. Ozana Vera Giorgini de Carvalho, professora da sala de recursos, lembra o caminho percorrido pela EM Vasco Pinto da Fonseca, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, desde 2006, quando começou a inclusão. A escola recebeu alunos surdos e nenhum docente sabia a Língua Brasileira de Sinais (libras). Foram meses até que a Secretaria enviasse um professor bilíngue e um intérprete para que o trabalho ocorresse de forma adequada. "Em 2009, 97% da comunidade escolar tinha conhecimentos básicos para se comunicar com os surdos", conta Ozana.

    Para melhorar sua atuação, a escola buscou alternativas. Inscreveu-se no prêmio Minha Escola Cresce, do Instituto Arcor do Brasil, e foi uma das ganhadoras em 2008 e 2010. Assim, conseguiu comprar notebooks, computadores e jogos. Junto à Secretaria Municipal, obteve uma mesa eletrônica que auxilia na alfabetização de alunos surdos, além de cegos e com baixa visão, que passou também a atender.

    Para conseguir uma sala de recursos, Ozana inscreveu a escola no prêmio Experiências Educacionais Inclusivas, do Ministério da Educação (MEC). "Não ganhamos, mas nosso trabalho foi reconhecido e, por isso, nos deram a sala este ano." Ali, ela atende alunos como Caio Marcio Fernandes, 12 anos, surdo. O garoto, que está no 3º ano, realiza com a orientação dela atividades para desenvolver o condicionamento das mãos, fundamental na aprendizagem de libras.

    As unidades que ainda estão montando sua infraestrutura têm uma alternativa: o Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais do MEC. A solicitação deve ser feita pela Secretaria de Educação via Sistema de Gestão Tecnológica (Sigetec) do Ministério. Kátia Regina Caiado, docente da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sugere ainda outro caminho se a necessidade for de materiais de apoio e formação continuada para os professores: "As escolas devem procurar, em sua comunidade, entidades como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que têm unidades em todos os estados, com exceção de Roraima".
    "A troca de informações deve ser diária. Sempre que surgia uma dúvida ou necessidade em sala, levava para a responsável pelo AEE e, juntas, pensávamos em soluções. Dessa forma, o progresso das crianças se intensifica e a avaliação se aprimora." Michelly da Conceição Pinheiro, diretora do Espaço de Desenvolvimento Infantil Professora Simone Sousa Pimentel, no Rio de Janeiro.
    Reuniões diárias são o meio ideal de comunicação entre os dois. A estratégia se mostrou eficiente na atuação de Michelly da Conceição Pinheiro e Renata Torres de Souza. Até o mês de junho, elas trabalharam em conjunto para garantir a inclusão dos alunos com NEE na EM Tia Ciata, no Rio de Janeiro - Michelly acaba de assumir a direção de outra unidade.

    O objetivo da dupla era buscar soluções específicas para cada um: Michelly, professora da turma do 5º ano, informava o conteúdo que ia trabalhar e as dificuldades da criança para Renata, a responsável pelo AEE. Ela, por sua vez, pensava em materiais alternativos a serem usados em aula.

    Luana Silva de Sousa, 12 anos, parcialmente surda, melhorou a capacidade de comunicação após Renata demonstrar a Michelly que falar de frente para a menina facilitava a leitura labial. Juntas elas também adaptaram as atividades para Erick Edson Lopes de Souza Reynol, 12 anos, que possui baixa visão e TGD. As provas são igualmente elaboradas em parceria. Com a presença de Renata, os alunos têm outros recursos para fazer a atividade no próprio ritmo.

    Michelly conta que a avaliação dos estudantes melhorou com o apoio da colega. "Aprendi a perceber avanços que antes não eram tão claros, como a maneira de Erick pegar no lápis ou os traços mais precisos em seus desenhos." A dificuldade apontada por ela é recorrente. Isso porque a avaliação de estudantes com NEE é flexibilizada, planejada com base nas expectativas de aprendizagem de cada um. "É preciso traçar objetivos de acordo com o que cada um sabe e desenvolver meios que o ajudem a acompanhar o grupo", explica Roberta Galasso, docente da pós-graduação em Inclusão da Universidade de São Paulo (USP).

    Para que essa articulação ocorra, é preciso tempo para planejar conjuntamente. Porém é bastante comum a situação em que o professor da turma e o da sala de recursos trabalham em períodos opostos - justamente para atender os alunos no contraturno. Quem não tem a oportunidade de um contato pessoal diário, como Michelly e Renata tinham, deve trocar e-mails ou telefonemas. Até mesmo um caderno, levado pela própria criança, pode ser um meio de comunicação entre os dois profissionais.  Qual a melhor maneira de lidar em sala de aula com situações-limite?
    Andréa e Mariane. Foto: Raoni Madalena
    "Conhecer bem a criança é o primeiro passo. Outra ação igualmente importante é envolver os demais professores e funcionários da escola, além dos colegas de classe, em ações que a ajudem a se organizar. Com a atenção de todos, é mais fácil incluí-la na rotina." Andréa Ruffo, professora da CEMEI Deputado João Herrmann Neto, em Campinas, SP.
    Para enfrentar momentos que fogem da rotina, o caminho é compreender que as crianças têm características específicas e procurar conhecer bem cada uma delas. Foi assim que a professora Andréa Ruffo, do CEMEI Deputado João Herrmann Neto, em Campinas, a 96 quilômetros de São Paulo, iniciou o trabalho com o objetivo de garantir que Mariane Moreira de Lima, 4 anos, que tem deficiência intelectual, permaneça em sala com os colegas. Andrea percebeu que valorizar regras e combinados é um ótimo meio de evitar as saídas repentinas dela. "Diariamente, defino com todos a programação do dia e os momentos de ir ao parque ou ao refeitório, por exemplo", comenta. Segundo ela, ainda que Mariane tenha o próprio ritmo, houve muitos avanços com essas conversas, pois aos poucos a menina tem tomado consciência de que precisa estar com o grupo.

    A estratégia de Andréa inclui ainda envolver a equipe da escola para que as regras continuem valendo mesmo se ela não está por perto. Quando Mariane chegou ao CEMEI, em 2010, a equipe escolar não a tratava como os demais. "Todos gostam muito dela e achavam graça em suas estripulias." Hoje, se algum professor ou funcionário a vê passando pelo corredor, logo pede que volte à sala. As crianças também são parceiras de Andréa no desafio de ajudar a garota a integrar-se durante as atividades. Quando ela derruba os blocos de montar que estão sendo usados pelos colegas, todos já entendem melhor a situação e a orientam para remontar as peças com eles.

    Além de escapadas - como as de Mariane -, Maria da Paz Castro, docente do Centro de Formação da Escola da Vila, em São Paulo, afirma que são comuns no dia a dia de quem tem alunos com NEE situações em que eles começam a gritar. "A atitude mais acertada, nesse caso, é esperar que a criança se organize novamente e retome o que estava fazendo. Quanto mais gente houver em volta dela, mais aflita ela ficará." Nesses momentos, é importante dar a ela uma atenção individual. Outro educador deve acompanhar a turma na realização da atividade até que o professor retorne com a criança para a sala.

















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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Ele superou uma doença neurológica. E virou craque em olimpíadas de ensino

"As medalhas que ganhei representam uma grande mudança na minha vida. Elas provam que as limitações físicas não impedem que os sonhos sejam realizados". Ricardo Oliveira tem história de esportista e até nome de esportista (como o xará, atacante do Santos), mas é um atleta do conhecimento.

Ao todo, o jovem de Várzea Alegre, interior do Ceará, conquistou mais de dez medalhas em olimpíadas de matemática, astronomia e língua portuguesa. Hoje, aos 27 anos, o rapaz comemora a reta final da faculdade de mecatrônica industrial no IFCE (Instituto Federal do Ceará), que usa a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) no processo seletivo.

Para ele, suas conquistas não poderiam ter sido alcançadas sem a determinação dos pais, ex-lavradores que o alfabetizaram em casa por conta de sua dificuldade de locomoção. Ainda bebê, Ricardo foi diagnosticado com amiotrofia espinhal, uma doença neurológica que afeta a medula. Como a família morava na zona rural da cidade, Ricardo muitas vezes só conseguia se deslocar com a ajuda do pai Joaquim e de seu carrinho de mão, já que a cadeira de rodas não passava por algumas áreas da estrada de terra.

"Sabendo da dificuldade e da falta de acessibilidade, os meus pais decidiram me alfabetizar em casa. Como não possuíam muito estudo, eles me repassaram o básico. Ler, escrever e as operações básicas de matemática", explica. O pai de Ricardo estudou até a 4ª série (atual 5º ano) e a mãe– dona Francisca– frequentou até a 6ª série (atual 7º ano).
Escola só aos 17 anos

Entre uma aula e outra dada pelos pais, Ricardo foi ganhando gosto por descobrir coisas novas. Adorava desmontar brinquedos, eletrodomésticos para entender como funcionavam. Criar coisas também era um hobby. "Cheguei a montar uma luneta rudimentar com lupas", brinca.

Mesmo animado com os desafios, a vontade de aprender as matérias oferecidas pela escola comum crescia, ainda que timidamente. Talvez por sorte do destino, uma diretora de um colégio público na região ficou sabendo da sua história e conseguiu "um jeitinho" para que ele pudesse frequentar o ensino fundamental regularmente.



O ano era 2005, e aos 17 anos Ricardo se tornou aluno da 5ª série (hoje 6º ano) da escola municipal Joaquim Alves de Oliveira, depois de ter feito uma prova de validação de conhecimento. Como a dificuldade de locomoção ainda existia, a saída encontrada pela diretora foi organizar com os professores para que eles dessem as aulas na casa do aluno.


"Era muito bom receber os professores em casa e para mim era algo novo", lembra.


Família de campeões

Ao contar um pouco de sua trajetória, Ricardo não esquece de mencionar outro membro da família fundamental: o irmão Ronildo. Foi por intermédio dele que o "mundo" das competições escolares foi descoberto pelo estudante.

"Ele [Ronildo] participou da edição [da OBMEP em 2005] e conquistou uma medalha de bronze em nível estadual. Então, percebi que se me esforçasse um pouco, poderia conquistar algo parecido. No ano seguinte [2006] ganhei minha primeira medalha de ouro", diz.

"Eu sempre fui um bom aluno com relação às notas, mas nunca fui um dos mais comportados", brinca o estudante. "De vez em quando, fazia alguma bagunça."



A conquista da medalha de ouro na competição escolar chamou a atenção da prefeitura local. Em 2008, a família de Ricardo se mudou para uma casa alugada no centro de Várzea Alegre a convite da gestão da época. O jovem se matriculou na escola Presidente Castelo Branco para terminar o ensino fundamental e pôde, enfim, realizar o desejo de frequentar regularmente uma sala de aula.


No decorrer dos estudos, ele foi participando cada vez mais das competições escolares. Ao todo, o estudante ganhou cinco medalhas de ouro e duas pratas na Obmep (Olimpíada de matemática das escolas públicas), cinco ouros e uma prata na OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica) e um bronze na Olimpíada de Língua Portuguesa.

Por causa do bom desempenho, Ricardo começou a dar palestras motivacionais em escolas por várias cidades do Ceará. Com o dinheiro que recebia pelas apresentações e da bolsa de estudos do Programa de Iniciação Científica da Obmep, ele ia ajudando os pais com as despesas de casa.

Hoje, o universitário já pensa nos planos após a formatura. Um mestrado em matemática tem grandes chances, segundo ele.

"A educação é único caminho que leva a uma mudança de vida significativa. Hoje vivemos em um mundo altamente competitivo e aqueles que não estão se preparando dificilmente conseguem 'subir' na vida. Era um sonho meu e dos meus pais que eu fizesse um curso superior", diz.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/noticias/2016/12/02/ele-superou-uma-doenca-neurologica-e-virou-craque-em-olimpiadas-de-ensino.htm
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domingo, 28 de agosto de 2016

Como lidar com alunos com necessidades especiais?

Um resumo do chat do dia 26/04


O resumo do chat do dia 26/04 foi escrito pela professora Maria do Carmo Xavier, que é do Rio e nova ao #BReltchat. Muito obrigada por um resumo tão detalhado.
Esta foto do #eltpics foi escolhida para ilustrar este resumo pensando no tópico do nosso chat como uma forma de rompermos barreiras e permitir que todos tenham acesso ao florescer de idéias, conhecimento e felicidade.
O que é um aluno com necessidades especiais?
O educando que apresenta desvio da média considerada padrão para uma faixa etária determinada, para menos ou para mais, nos aspectos: físico, sensorial e mental.
Alunos com necessidades especiais também são aqueles que apresentam algum tipo de dificuldade de aprendizado devido a: TDAH, problemas de dicção, bloqueio e rejeição ao aprendizado de uma língua estrangeira (filtro afetivo) e/ ou transtornos comportamentais. Alunos superdotados também são considerados alunos com necessidades especiais.
Apesar disso, alunos de baixa cognição são capazes de aprender desde que tenhamos um atendimento diferenciado e individualizado. Eles têm um aprendizado mais lento, mas aprendem.
O professor deve diagnosticar?
Existe uma confusão generalizada entre comportamento, diagnóstico e rendimento. Como professores, não devemos diagnosticar distúrbios de aprendizagem, pois não somos qualificados para tal. Os pais são chave importante nesse processo, devendo informar à escola onde seus filhos precisam de mais apoio. Manter esse diálogo franco e aberto com os pais é fundamental. Porém, o fato é que muitos escondem ou nem sequer aceitam que o filho tenha necessidades especiais, o que dificulta mais ainda o trabalho do professor. Sem este diálogo, o diagnóstico pode ser arriscado e errôneo. Muitos dos distúrbios podem ser confundidos com falta de interesse, bagunça e hiperatividade. A prática de sala de aula não necessariamente trará ao professor segurança suficiente para traçar ou identificar a média de aprendizagem de uma determinada faixa etária.
Existe uma avalanche de diagnósticos equivocados: afinal, ao “medicar”, a responsabilidade deixa de ser dos pais, educadores e passa a ser médica, isto é, é mais fácil medicar do que lidar com problemas que possam nem passar pelo aluno. Por exemplo, um aluno apático e briguento por conta de problemas e brigas constantes dos pais – é mais fácil dizer que a criança está com problemas do que aceitar um fracasso no casamento. Ou, um aluno que vem de outras atividades, várias vezes, sem almoçar e com poucas horas de sono pode ser facilmente considerado como alguém que tem déficit de atenção. Há também pais que informam a escola sobre a condição dos filhos, mas proíbem que o professor fale sobre o assunto com o próprio aluno, e não admitem concessões ou adaptações para ele.
Como lidar com estes casos, já que em nosso campo raramente estudamos isso na universidade? Mesmo com o diagnóstico, como fica o papel do professor diante deste desafio?
Primeiro, os pais é que devem informar o problema. O professor não deve diagnosticar o aluno ou sequer, levantar suspeita. Porém, às vezes, é possível identificar uma dificuldade com que um aluno lida com certas coisas na sala de aula, e, como pedagogos, vamos ter que encontrar soluções pedagógicas. Uma pergunta possível para os pais seria: “E na escola, como anda o trabalho do aluno?”
Além disso, diante do diagnóstico um professor deve, acima de tudo, procurar também ajuda profissional, validada pela instituição onde trabalha. Alguns pais, inclusive, podem não saber com lidar com um diagnóstico que muitas vezes parece sentenciar o aluno ao fracasso. A inclusão só será possível mediante um diálogo franco e aberto entre pais e escola, e suporte intenso da instituição de ensino ao professor. Também devemos ter muita paciência e compreensão, e sempre experimentar novas técnicas.
Desafios
Existem muitos desafios para a educação inclusiva:
* Salas de aula cheias, com condições nem sempre favoráveis.
* Tempo limitado e aulas “corridas”, sem tempo suficiente para identificarmos problemas e pensarmos em soluções para lidar com o aluno e, às vezes, coma família do mesmo.
* Achar/procurar estratégias para incluir e envolver essas crianças.
* Descobrir seus pontos fortes e francos, múltiplas inteligências, etc.
* Currículo ambicioso e “apertado”, provas com todo o conteúdo, horário mínimo de aula, professores com horários cheios.
* Instituições de ensino oferecendo opções a estes alunos.
* Trabalhar com “testes prontos”, que não estão adaptados para estes alunos.
* Prover condições de trabalho que permitam acomodação às necessidades do aluno.
* Trabalhar com as expectativas de forma diferente, encontrando uma forma de envolver este aluno, mas ainda continuando nosso trabalho com os outros alunos.
* Trabalhar com estes alunos em níveis mais avançados (aulas de idiomas).
* Falta de compreensão de turmas que reclamam da “lentidão” de uma aula que favoreça um aluno com necessidades especiais.
* Grande esforço para integrar o aluno à turma e à aula, seguido de avaliação que trata a todos como iguais.
* Baixa autoestima destes alunos com necessidades especiais.
* Livros excessivamente calcados no paradigma visual.
As dicas e técnicas descritas aqui surgiram a partir de leitura, e da própria experiência de cada um dos participantes:
Carminha Pimentel relatou sua experiência com um aluno que conversa a aula inteira, e toma remédios para controlar o problema. Aurélio Araújo tem um aluno com hiperatividade diagnosticada e que toma medicamentos controlados. Além disso, ele apresenta dificuldades de socialização, e tem comportamentos agressivos. Na mesma turma há um aluno que parece ser hiperativo, é extremamente indisciplinado e age como um líder negativo em sala de aula. O professor se diz confuso e sobrecarregado ao zelar pela integridade deste aluno enquanto também gerencia uma sala de aula. Luciana Berner conta que conheceu um aluno que só foi diagnosticado após a intervenção do professor, pois os pais não havia percebido a necessidade do filho. Kelly Amorim relata um caso em que um aluno de 8 anos, novo aluno na instituiçào. Logo de início a mãe procurou a professora para relatar o problema de dicção, até mesmo para o Português. Desde o início ela vem tralhando de forma diferente com ele e semana passada e mãe do menino trouxe um feedback, de que o aluno está melhorando a fala desde que entrou para o curso. Ela também tem um aluno com baixa cognição aos 9 anos. Maria Xavier relatou o caso de uma aluna de nível básico que foi diagnosticada com um tumor
que faz com que ela tenha crises de ausência, não consegue abstrair e tem muita dificuldade. A professora nunca tinha tido uma aluna com este perfil, e a mãe, que é especialista em necessidades especiais, não quis que a aluna fosse encaminhada ao departamento de necessidades especiais. Valéria Franca relatou que já teve uma aluna parecida com a de Maria Xavier. Conversando com ela, começou a identificar os dias em que ela teria uma convulsão. Valéria também relatou a experiência que teve com dois cadeirantes, que mudou totalmente sua dinâmica em sala de aula. Natália Guerreiro contou-nos sobre uma mulher adulta de pouquíssimo estudo que tinha uma deficiência que só a permitia enxergar de cabeça pra baixo. Ela escrevia da direita pra esquerda, se sentia envergonhada, e usava o livro “normal” para que os outros alunos não soubessem. Ela também não aceitava que a professora escrevesse diferente no quadro. Giselle Santos teve uma aluna narcoléptica, que dormia durante as aulas, inclusive durante as falas. Gustavo Barcellos relatou que teve uma aluna totalmente surda, e notou quando viu o aparelho em seus ouvidos. Shirley Rodrigues já teve vários alunos com necessidades especiais, e relata que o mais difícil de todos foi um superdotado.
Técnicas e dicas
1. Ter conhecimento de como o cérebro processa a língua ajuda a personalizar as atividades e catalisar aprendizagem.
2. Utilizar elogios e estabelecer bom relacionamento com o aluno, estabelecer rapport (chamar o aluno pelo nome, estabelecer contato visual, sorrir, estabelecer relação amigável, atentar para dúvidas e ter paciência com elas, usar bom humor, etc…).
3. Alunos que precisam se movimentar mais durante uma aula – usar como assistente e dar também um pequeno intervalo para tomar água, para os hiperativos um brinquedinho bem pequeno que não produz som nenhum (tipo bichinho de pelúcia) para acalmar, passar conforto.
4. “Scaffolding” das tarefas e uma forma diferente de apresentação de tarefas, ou seja, utilizar o conhecimento e auxílio de colegas de classe, trabalhos em pares, grupos, etc…
5. Demandar que o aluno produza dentro de sua capacidade de produção. Cada aluno deverá trabalhar dentro de suas possibilidades (isto é inclusão). Não idealizar e sim aceitar que nós professores não estamos na sala de aula para criarmos gênios. Temos que ter MUITA paciência.
6. Kelly Amorim relatou a história de um aluno com baixa cognição aos 9 anos de idade. Como as aulas possuem sempre histórias e músicas, ela sempre solicita a ele, no final da aula, que na próxima aula ele leve uma historinha sobre o que aprendeu e o que lembra da aula. Assim ele vem se mantendo motivado, pois está conseguindo acompanhar a turma, uma vez que está fazendo, à sua própria maneira, um apanhado do que foi aprendido e esse trabalho, em casa, o faz pensar mais e ter mais tempo de contato com o livro e a matéria, além do dever de casa.
7. Apoio emocional em casa e na escola. Isso pode ajudar a superar os traumas de ser um aluno diferente de seus colegas.
8. Personalização, observando quando um aluno se sai melhor em sala, com o que ele se sente mais confortável, se é mais auditivo, sinestésico ou visual.
9. Conversar com o coordenador pedagógico, e uma vez tendo o aluno diagnosticado, estabelecer parceria com os pais com tarefas que sejam a extensão do mundo do aluno em sala de aula e vice-versa.
10. Fazer um pequeno exercício em sala de aula, usando habilidades diferentes.
11. Trabalhar dentro das possibilidades dos alunos, aceitando que não estamos em sala para criar gênios.
12. Valorizar cada habilidade que um aluno demonstrar ter para a leitura e histórias…
13. Incentivar o aluno a sentar-se próximo ao professor.
14. Desenvolver avaliações que ensinem a “olhar a diferença”, e a medir o que o aluno consegue fazer, ao invés daquilo que ele não consegue fazer.
15. Conhecer bastante cada aluno, conversar com eles, e em alguns casos, ter os números de contato da família sempre à mão.
16. Contar histórias pode ajudar disléxicos com leitura/escrita.
17. Trabalhar a consciência da turma em relação a alunos com necessidades especiais. Não se responsabilizar sozinho pela administração da aula, mas compartilhar necessidades também com outros alunos, incentivando a cooperação.
18. Estar atento às dificuldades destes alunos aula após aula.
19. Inclusão requer sensibilização da família, escola, colegas de classe, TODOS devem trabalhar juntos.
20. Usar sensibilidade durante o planejamento e avaliação destes alunos.
21. Em alguns casos será necessário usar tradução e repetição, e levar outras tarefas para manter os outros alunos ocupados enquanto damos atenção ao aluno com necessidades especiais.
22. Pensar em como registrar a aula, e considerar se será necessário falar do conteúdo antes da aula. Identificar se haverá alguém para passar a matéria para o aluno após a aula.
23. Usar gravação de voz para os exercícios em vez de escrita (para tarefas de casa) e também para memorização da pronúncia.
24. Provas podem ser lidas para o aluno, separadamente do restante da turma, em alguns casos.
25. Solicitar o apoio de instituições como associações de classe, e nos cursos de formação. Também, pressionar editoras para fornecer opções para alunos com necessidades visuais.
26. Os pais podem levar alguns materiais para casa, como joguinhos da memória por exemplo.
Links sugeridos pelos participantes:(http://www.conteudoescola.com.br/inclusao/17/68 Necessidades Especiais – Glossário de termos http://www.conteudoescola.com.br
Fonte: https://breltchat.wordpress.com/2012/04/30/como-lidar-com-alunos-com-necessidades-especiais-um-resumo-do-chat-do-dia-2604/
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Desenvolvimento da síndrome de down

Linha do tempo do desenvolvimento


Muitos fatores influenciam o desenvolvimento de uma criança – principalmente as experiências sociais, como conversar, sorrir, o amor e a segurança que ela recebe – e, como qualquer outro bebê, a criança com síndrome de Down nasce pronta para aprender.
As crianças com síndrome de Down, geralmente, seguem o mesmo padrão de desenvolvimento que as crianças sem a trissomia, mas em um ritmo mais lento em algumas áreas. No entanto, é importante lembrar que o desenvolvimento em algumas áreas influencia o desenvolvimento em outras – por exemplo, as habilidades motoras contribuem para a capacidade de explorar o meio. Portanto, é preciso estar atento para intervir ou ajudar, se necessário.
Um desenvolvimento mais lento na parte motora também pode afetar a independência e autonomia de uma criança – por exemplo, será mais difícil para ela se vestir sozinha, ou completar um jogo de inserir formas em buracos, construir com blocos etc.
Nesta área, você encontra os marcos que devem ser alcançados por idade, mas lembre-se, isso é apenas uma referência, já que todas as crianças – com SD ou não – se desenvolvem em seu próprio tempo. As informações sobre os marcos de cada faixa etária são baseadas nas estimativas fornecidas pela Down Syndrome Education.
ComunicaçãoA comunicação começa quando seu bebê olha para você e sorri. Depois, aprende a balbuciar, em conversas com você. Ela diz respeito a todas as mensagens verbais e não verbais, desde que o ouvinte as entenda. A comunicação inclui ainda o entendimento de que cada um tem sua vez de falar, que você deve ouvir quando o outro fala e que se deve manter contato visual durante uma conversa para perceber se o outro entendeu a mensagem.
Em geral, as crianças com síndrome de Down demoram um pouco mais para falar. No entanto, a comunicação vai além disso: é fundamental que a criança aprenda a se expressar, seja por meio de palavras, gestos ou outras formas de linguagem. Para ajudar seus filhos, os pais devem estimulá-los sempre que possível, envolvendo-os em atividades que favoreçam o desenvolvimento da comunicação. Também é importante ter atenção com possíveis problemas auditivos, que são relativamente frequentes em crianças com síndrome de Down e podem comprometer seriamente a sua capacidade de expressão. 
Denvolvimento sócio-emocionalAs crianças com síndrome de Down desenvolvem suas habilidades sócio-emocionais praticamente no mesmo ritmo que as crianças sem a trissomia e costumam ser bastante sociáveis. Por conta de serem tão aptos socialmente, muitos bebês chegam aos primeiros anos de vida ainda muito interessados em olhar rostos e outras crianças e, por causa do desenvolvimento motor mais lento, há o risco de os bebês priorizarem este tipo de atividade em vez da exploração de objetos, ou brinquedos. É preciso que os pais e cuidadores estejam atentos a isso, para ajudar o bebê a manipular esses brinquedos e descobrir novas formas de utilizá-los.
Comportamento
Criar essas rotinas no primeiro ano de vida é um passo importante no estabelecimento de limites e para ajudar a criança a controlar o próprio comportamento. Cerca de um terço das crianças com SD em idade pré-escolar pode apresentar problemas de comportamento – isso costuma ocorrer porque elas ainda não conseguem se comunicar de maneira eficiente. É importante impor limites porque estudos demonstram que as crianças com a trissomia que apresentam problemas de comportamento aos três anos de idade costumam progredir mais lentamente na escola, supostamente porque não conseguem ficar quietos em sala de aula, ouvir, e se beneficiar das oportunidades de aprendizagem. O comportamento adequado à idade também é importante quando se fala de inclusão e facilitará a convivência da criança com outras, em uma escola regular, por exemplo.
Desenvolvimento Motor
O controle motor e de nosso corpo influencia tudo o que fazemos. Os bebês nascem com pouco controle motor e, aos poucos, adquirem habilidades como sustentar a própria cabeça, rolar, sentar, se arrastar, engatinhar e andar. Eles também aprendem a segurar um chocalho e, aos poucos, adquirem habilidades para usar as mãos, braços e dedos para alcançar, segurar e fazer o movimento de pinça, adquirindo também o desenvolvimento motor fino. Os bebês e crianças pequenas com síndrome de Down passam pelo mesmo processo, porém, demoram mais para adquirir força e controle motor.
Todos os bebês com síndrome de Down devem ser acompanhados por um fisioterapeuta especialista em crianças com a trissomia desde cedo, para estimular seu desenvolvimento motor amplo. Mais tarde, um terapeuta ocupacional poderá ajudar no desenvolvimento motor fino, como o uso de talheres, ou a habilidade de desenhar e escrever.
Desenvolvimento cognitivo
O desenvolvimento cognitivo precoce chama-se desenvolvimento sensório-motor, pois se dá no período em que as crianças exploram o mundo com seus sentidos. Bebês tocam e pegam objetos, colocando-os em suas bocas – fazendo isso, eles aprendem como as coisas são, que gosto têm, como é o tato e o que podem fazer com elas. As informações adquiridas com todos os sentidos ajudam a criança a formar uma ideia do que é o objeto.
As crianças com síndrome de Down aprendem da mesma maneira, mas sua habilidade em explorar os objetos e os ambientes pode ser prejudicada pelo desenvolvimento motor mais lento. Em algumas crianças, há algumas questões sensoriais que também podem dificultar esse processo, como crianças que não gostam de ficar com as mãos molhadas, por exemplo. Normalmente, as crianças com a trissomia superam, aos poucos, essas questões sensoriais.
No próximo estágio, as crianças aprendem sobre causa e efeito – que elas podem fazer um brinquedo se mover puxando a cordinha, ou fazer barulho balançando um chocalho – e, em seguida elas começam a solucionar problemas simples, como encaixar a forma certa em um buraco. Neste estágio as crianças também aprendem sobre a permanência dos objetos – que as coisas continuam a existir, mesmo quando não são visíveis – e começam a procurar coisas escondidas.
As crianças com síndrome de Down também passam por todos esses estágios, mas um pouco depois das crianças sem a trissomia. Elas também têm mais dificuldades com a resolução de problemas, à medida em que eles se tornam mais desafiadores. Nesse caso, as crianças se beneficiam de um “companheiro de brincadeiras”, que pode mostrá-las o que e como fazer, sem dominar a brincadeira. Isso deve ser feito com todas as crianças, mas de maneira mais estruturada e por mais tempo com crianças com SD.
Independência e autonomia
Para se tornar independente, qualquer criança precisa desenvolver suas habilidades motoras finas. Portanto, as crianças com a trissomia vão demorar mais a segurar um copo sozinhas, ou uma colher, para poder comer sem ajuda. Mas o progresso também é influenciado pela prática, portanto, é importante deixar a criança se alimentar sozinha, mesmo que a bagunça seja muita. O mesmo princípio se aplica a deixar que elas escovem os dentes, lavem as mãos e tomem banho sozinhas, além de ir ao banheiro sozinhas. Elas vão levar mais tempo, mas vão aprender com a prática.
Fonte: http://www.movimentodown.org.br/linha-do-tempo/
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Rio 2016 Paralympics - Superação

Essas imagens nos fazem sempre repensar em nossos problemas. Esses são os verdadeiros atletas que não precisam vencer nenhuma prova para serem vencedores, a vida deles já é uma superação diária!!



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domingo, 14 de agosto de 2016

Parabéns à todos os Pais e aos que desempenham este papel!!



Pai é aquele que protege com amor, ensina o caminho. Compartilha histórias, aconselha com sabedoria.

Parabéns a todos!!
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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Jogos paralímpicos Rio 2016.



Apesar da atual situação do país a qual me envergonho de ser brasileira, esses jogos sim temos que prestigiar, são pessoas rompendo barreiras e quebrando seus próprios limites.












Fonte: https://www.rio2016.com/paralimpiadas
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segunda-feira, 11 de julho de 2016

Professora dá aula de braile para combater preconceitos


  • A creche pública Gentil Mathias da Silva, situada no norte de Florianópolis, resolveu trabalhar a empatia de um jeito diferente. As crianças são letradas no alfabeto tradicional, mas também em braile. O objetivo é combater o preconceito antes de ele ser construído.

    A ideia foi da professora Daiane Sccoti Farina, 32 anos, que como muitos pedagogos, acredita que a inclusão deve ser ensinada em sala de aula. Seu diferencial, entretanto, foi estruturar um projeto para 23 alunos entre cinco e seis anos.

    "O mais comum é que as escolas abordem a inclusão entre os adolescentes. Mas, muitos já estão carregados de preconceitos. Nas séries infantis é diferente. O mundo é novo e eles estão abertos para se colocarem no lugar do outro", disse Daiane.

    Na creche não há nenhum aluno cego. Mas a professora crê que ano que vem eles possivelmente irão conviver com colegas com deficiência, já que serão matriculados em escolas de ensino fundamental.

    Apesar do sistema de escrita para cegos ser a didática escolhida, o alvo é trabalhar a diversidade. Um exemplo é o livro "Um Mundinho para Todos", da autora Ingrid Bellinghausen, traduzido em braile.

    A obra que encanta por ser escrita "com bolinhas" aborda o bom convívio com o diferente. Na história algumas pessoas gostam de andar descalças, outras de tomar chocolate quente e algumas precisam de ajuda porque não enxergam muito bem.

    Os alunos leram com a professora, e a assistente Elis Regina Grudzien, o livro de olhos vendados. A atividade, que poderia gerar desconforto, os deixou empolgados. Enzo, de cinco anos, chegou em casa e contou para mãe: "sabia que hoje eu fiquei cego!".

    Nas tarefas escritas, as crianças usam pequenas bolinhas de sagu. Elas já sabem escrever o nome em braile. E em um momento mais lúdico, em que elas poderiam assistir DVDs infantis, a professora passou o vídeo do tenor italiano Andrea Bocelli.

    "Elas ficaram impressionadas. Nunca tinham visto uma pessoa cega. Mas, foi uma surpresa positiva. As crianças só fizeram elogios, falaram que ele é bonito mesmo cantando com os olhos fechados, que a música é legal", contou Daiane.

    Na volta das férias, em agosto, os alunos irão fazer visitas a ACIC (Associação Catarinense para Integração do Cego), onde estudam crianças cegas. O objetivo é criar uma manhã de confraternização. Depois eles irão caminhar vendados em calçadas com piso tátil, desenvolvidas para guiar os deficientes visuais.

    "Tenho certeza que essa experiência irá enriquecer a vida deles. Preconceito é falta de informação. É desconhecer a realidade do outro", concluiu a professora
Fonte: http://educacao.uol.com.br/noticias/2016/07/11/em-sc-professora-da-aula-de-braile-para-combater-preconceitos.htm
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domingo, 12 de junho de 2016

Dia dos namorados - A história

O Dia dos Namorados, em alguns países chamado Dia de São Valentim é uma data especial e comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre casais e namorados, em alguns lugares é o dia de demonstrar afeição entre amigos. Sendo comum a troca de cartões e presentes com simbolo de coração, tais como as tradicionais caixas de bombons. Em Portugal e em Angola, assim como em muitos outros países, comemora-se no dia 14 de Fevereiro. No Brasil a data é comemorada no dia 12 de junho, véspera do dia de Santo António de Lisboa, conhecido pela fama de "Santo Casamenteiro"

Origem

Dia de São Valentim cai num dia festivo de dois mártires cristãos diferentes, de nome Valentim (padre de Roma condenado à pena capital no século III). Mas os costumes relacionados com este dia provavelmente vêm de um antigo festival romano chamado Lupercalia, que se realizava todo dia 14 de fevereiro. A festa celebrava a fertilidade homenageando Juno (deusa da mulher e casamento) e Pan (Deus da natureza) Também marcava o início oficial da primavera.

História

A história do Dia de São Valentim remonta a um obscuro dia de jejum tido em homenagem a São Valentim. A associação com oamor e romantismo chega depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.

bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.

Continuou celebrando casamentos, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.

Considerado mártir pela Igreja Católica, a data de sua morte - 14 de fevereiro - também marca a véspera de lupercais, festa anual celebrada na Roma antiga em honra a deusaJuno e ao deus Pan. Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.[7]

Outra versão diz que no século XVIIingleses e franceses passaram a celebrar são Valentim como a união do Dia dos Namorados. A data foi adotada um século depois nosEstados Unidos, tornando-se o Saint Valentine's Day. E na Idade Média, dizia-se que o dia 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros.[8] Por isso, os namorados da Idade Média usavam esta ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta do(a) amado(a). Na sua forma moderna, a tradição surgiu em 1840, nos Estados Unidos, depois que Esther Howland vendeu US$ 5000 em cartões do Dia dos Namorados, uma quantia elevada na época. Desde aí, a tradição de enviar cartões continuou crescendo, e no século XX se espalhou por todo o mundo.[9]

Atualmente, o dia é principalmente associado à troca mútua de recados de amor em forma de objetos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silhueta de um coração e a figura de um Cupido com asas. Iniciada no século XIX, a prática de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em massa.

O dia de São Valentim era até há algumas décadas uma festa comemorada principalmente em países anglo-saxões, mas ao longo do século XX o hábito estendeu-se a muitos outros países.

Data no Brasil

No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de Junho por ser véspera do 13 de JunhoDia de Santo António, santo português com tradição de casamenteiro.

A data provavelmente surgiu no comércio paulista, quando o publicitário João Doria[10] trouxe a ideia do exterior e a apresentou aos comerciantes, iniciando em junho de 1949 uma campanha com o slogan "não é só com beijos que se prova o amor"[11] . A ideia se expandiu pelo Brasil, amparada pela correlação com o Dia de São Valentim — que nos países do hemisfério norte, ocorre em 14 de fevereiro e é utilizada para incentivar a troca de presentes entre o casal apaixonado.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_dos_Namorados
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