sábado, 26 de janeiro de 2013

Mestre cego inspira jovens na capoeira

Às vezes, um problema que parece intransponível é, na verdade, só um obstáculo que, quando se percebe, já passou. João Carlos, conhecido como mestre João Kanoa, é um mestre de capoeira do Rio de Janeiro que ficou cego aos 32 anos. "Nos primeiros seis meses ficava pensando "como vai ser minha vida agora". Mas meus alunos me incentivaram a dar aula assim. A principio eu mesmo achei que era loucura, depois eu vi que dava pra fazer."

João não sabe muito bem como faz essa proeza. "Como um cara cego dá aula de capoeira? Assim, uma explicação bem correta nem eu tenho. Eu sei que eu chego lá e dou aula". Mas sabe muito bem de onde vem sua inspiração: "As crianças passam a energia deles para mim."

E assim mestre Kanoa segue dando suas aulas e passando sua sabedoria a seus alunos. "Não existe um problema que ele não possa superar."

Conheça mais essa história no Documento Yahoo!

http://br.noticias.yahoo.com/mestre-cego-inspira-jovens-capoeira-193922194.html

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Como escolher a escola para a criança com deficiência intelectual?


  • Crianças com qualquer tipo de deficiência têm o direito de frequentar uma escola regular ou comum

Escolher a escola é uma das decisões importantes que os pais têm de fazer sobre o futuro do filho. Quando a criança tem alguma deficiência intelectual, os adultos se deparam com a necessidade de definir ainda se a matrícula será em sala regular –em que ela conviverá com colegas da mesma faixa etária– ou em uma especial (em uma instituição específica ou em uma comum que ofereça turma separada), na qual ficará reunida somente com alunos que tenham algum tipo de deficiência.

Qual é a melhor opção? A opinião dos especialistas não é unânime. Depende, de acordo com Estevão Vadasz, coordenador de projetos de transtornos do desenvolvimento e coordenador-chefe do Ambulatório de Autismo, ambos do IPq (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas) da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

Vadasz diz que, para tomar a decisão, os pais, auxiliados por médicos e outros especialistas que trabalham com deficiências intelectuais, devem levar em conta o grau de atraso da criança, que é mensurado com testes neuropsicológicos e clínicos.

Se a deficiência for de grau muito leve, o especialista afirma que a pessoa pode frequentar a classe regular e, no período em que não estuda, ter assistência especializada para o reforço.

No caso de deficiência com grau profundo, é interessante que o aluno esteja em uma sala especial para a aprendizagem das disciplinas clássicas, como língua portuguesa e matemática, e se reúna com todos para aprender arte, esportes, música e outras atividades com caráter lúdico. "Se a família insistir para o filho com atraso profundo ficar na classe regular, estará se iludindo", de acordo com Vadasz.

O psiquiatra ainda afirma que o problema de o estudante com deficiência intelectual de grau profundo fazer parte de uma turma regular também tem a ver com os professores. Vários não estão preparados para a situação. É importante não esquecer que muitos autistas, por exemplo, precisam de atendimento individualizado.



  Desafios versus aprendizagem


Fazendo um contraponto bastante severo a Vadasz, Jean-Robert Poulin, pesquisador canadense em inclusão escolar e coordenador do curso de formação de professores em Atendimento Educacional Especializado da UFCE (Universidade Federal do Ceará), declara que segregar alguém à sala especial, seja lá qual for a deficiência, é o mesmo que ensinar uma pessoa a nadar fora da piscina. "É necessária a convivência com todos e o enfrentamento de desafios cotidianos para haver aprendizagem."

Rita Vieira de Figueiredo, pesquisadora em inclusão escolar e coordenadora do mesmo curso que o canadense, afirma que obviamente o aluno com deficiência terá mais dificuldade para realizar a mesma tarefa que os demais. Para resolver a questão, basta o professor variar o formato de apresentação, flexibilizar o tempo e as expectativas e traçar metas de aprendizagem condizentes com ele, sem subestimá-lo. "Todos podem aprender", afirma Rita.

Para o período em que a criança não está na aula, ela sugere que o estudante frequente a chamada sala de recursos (espaço para atendimento especializado de estudantes com necessidades educacionais especiais) e seja atendido para trabalhar questões pontuais, como problemas de fala, de compreensão e de expressão.

A pediatra Ana Cláudia Brandão, responsável pelo ambulatório de Síndrome de Down do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, também diz que a turma regular é a melhor opção. Ela chama atenção para o risco de, na classe especial, convivendo somente ou a maior parte do tempo com colegas com deficiência, o aluno desenvolver um comportamento estereotipado.

"É na diversidade que ele vai ter contato com pessoas de comportamento diferente e aprenderá com elas", diz Ana Cláudia. Isso ajudaria a evitar, por exemplo, que a criança faça birra ou grite quando quer algo e, em consequência, sofra preconceito.

Embora discordem quanto ao tipo de sala de aula para a pessoa com deficiência intelectual, Vadasz, Poulin, Rita e Ana Claudia concordam que é essencial que os pais não afastem os filhos do convívio social em geral. "A vida não é só escola. A criança tem de frequentar vários ambientes. Isso é importante para evitar que ela desenvolva distúrbios de comportamento", diz Estevão Vadasz.

Ana Claudia ainda diz que, para educar alguém com deficiência intelectual, a família não pode esquecer que a criança vai se tornar um adulto e, por isso, precisa aprender coisas, fazer amizades, passear, ter sonhos, fazer planos e enfrentar desafios para ganhar autonomia.

"Os pais devem se identificar com os professores, com o projeto pedagógico e com o espaço físico. Não é necessário que a escola já tenha experiência com deficiências: o corpo docente aprende a trabalhar com uma situação diferente quando ela existe", declara a pediatra.

Escola regular: um direito

Os pais precisam estar cientes de que o filho com deficiência tem o direito de estudar em uma escola regular. O acesso é assegurado porque o Brasil decretou em 2009 que tudo o que está escrito na Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, de 2007, deve ser cumprido.
Em território nacional também tem poder de lei o texto da Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, assinada na Guatemala, em 1999. Ambos os documentos garantem o direito à educação de todas as pessoas com deficiência nas escolas comuns: a matrícula tem de ser aceita. 
"Ir à escola é essencial para qualquer pessoa. Se alguém com deficiência intelectual for deslocado para uma vida social à parte, sofrerá uma perda social considerável. A escola é o lugar onde as pessoas aprendem a viver a vida pública. Sem levá-la à escola, os próprios pais estarão negando esse direito aos filhos", diz Maria Teresa Égler Mantoan, professora da Faculdade de Educação e coordenadora do Leped (Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade, ambos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Fonte:  http://mulher.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2013/01/23/sala-especial-ou-regular-como-escolher-a-melhor-opcao-para-criancas-com-deficiencia-intelectual.htm

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domingo, 20 de janeiro de 2013

Cego de nascença, brasileiro monta empresa e divide experiências pela web


Cego de nascença, Maurício Almeida, 18, cresceu lutando por autonomia, foi estudar nos Estados Unidos, montou sua empresa e, hoje, divide suas experiências na internet.
Veja seu depoimento:


Nasci prematuro, com pouco mais de 1 kg. Meus olhos eram tão sensíveis que o ar da incubadora descolou minha retina. Graças ao meu pai, aprendi que teria de ir atrás do que eu quisesse ter.
Como muitos nunca lidaram com um cego, não conhecem. Quem não enxerga tem de provar que está apto para conversar de igual para igual antes de obter o que quer.
Minha família diz que, desde pequeno, sempre falei que queria estudar nos Estados Unidos e percebi que precisava fazer algo para que isso se tornasse realidade.
Tive uma professora de inglês que me deu aula desde os 3 anos e me preparou para estudar em uma escola bilíngue, onde fiz o ensino médio. Consegui um diploma que vale para os EUA.
Aprendi criança a ler em braille e sempre estudei em escolas regulares, como o colégio Arquidiocesano, em São Paulo. Apesar de eu ter sido o primeiro aluno cego nas escolas em que estudei, sempre procuraram a melhor forma de me ensinar.
Comecei a gostar de informática por causa do meu pai. Um dia ele colocou um computador na minha frente e falou 'digita'. Explicou que as gavetas eram as pastas, e as folhas eram os arquivos. Eu tinha uns 11 anos.
Fiquei maravilhado! Por muito tempo, tive dificuldade com captchas de texto na internet [imagens com texto embaralhado, que precisa ser digitado para dar acesso a outra página]. O cego não tem como saber o que está neles.
Quando tem algo que não consigo fazer porque não vejo, geralmente já sei o porquê do problema e dou um jeito.
Com o tempo, fui substituindo o braille por notebooks na sala de aula. Comecei a criar sites e a comprar hospedagem de empresas, como brincadeira. Em 2011, pensei por que não pegar o que não gostei em serviços de hospedagem e abrir o meu.
Assim comecei no Brasil minha primeira empresa de hospedagem de sites, a Webmegaspace LLC, e me tornei microempreendedor.
A ideia é que meu cliente se torne independente, use uma vez o suporte técnico e já saiba ensinar por aí. Já tenho dez clientes hospedados, fora as consultorias que faço.
O esforço deu resultado. Passei na Universidade Estadual de Michigan para o curso de ciências da computação. Eles avaliaram meu histórico escolar e outras atividades que fazia. Já ter minha empresa contou muito.

SONHO AMERICANO

Passei meu primeiro semestre sozinho no campus da universidade. Foi ótimo. Querendo ou não, os pais de alguém com deficiência fazem tudo para ajudar. Fui obrigado a aprender a me virar por minha conta própria.
Na universidade, todos os computadores têm leitor de tela instalado, posso sentar e usar o que eu quiser. O mais difícil foi usar a lavanderia do prédio universitário.
Resolvi levar minha empresa para os EUA. Agora tenho um sócio americano. Fiquei com 60%, e ele, com 40%.
Tenho um hobby, que são os audiogames [jogos de sons]. Junto com amigos, comecei a traduzir jogos estrangeiros. Pedimos autorização à empresa que produziu, traduzimos o jogo e o manual, escolhemos locutores e gravamos as vozes. Nos EUA, faço a parte de relacionamento com as produtoras dos jogos para pedir a autorização.
Muitos querem saber como estão as coisas comigo na viagem. Então, comecei a pôr minhas experiências e pensamentos num blog, o www.mauricioalmeida.com.br.
O cego chama a atenção, desperta curiosidade. Aprendi a usar essa atração para fazer amigos. Gosto de ensinar como eu faço as coisas, minhas singularidades.

Fonte:  http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1217566-cego-de-nascenca-brasileiro-monta-empresa-e-divide-experiencias-pela-web.shtml


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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Dois milhões de brasileiros afetados pelo autismo ganham proteção da lei


Uma lei instituindo a política nacional para proteção aos direitos da pessoa com transtorno do espectro autista acabou de ser promulgada.

Mas a data, 27/12, espremida no meio do feriadão entre Natal e Ano-Novo, passou despercebida, assim como o problema, que atinge estimados 2 milhões de brasileiros -uma população três vezes maior do que a portadora de síndrome de Down.
"Os autistas no Brasil são invisíveis. A população não sabe o que é, a maioria dos profissionais não sabe do que se trata", diz o psiquiatra Estevão Vadasz, coordenador do programa de transtornos do espectro autista do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

É quase um quebra-cabeça compreender e reconhecer o autismo, que pode se apresentar tanto numa pessoa com alguma habilidade extraordinária e boa cognição quanto em alguém com séria deficiência intelectual e que não consegue se comunicar verbalmente.
Por isso, hoje, é chamado de espectro autista, um guarda-chuva que abriga os diversos graus de severidade do distúrbio.

Os diferentes tipos têm três características em comum: comprometimento na área de comunicação e linguagem; transtornos de socialização; interesses restritos e comportamentos repetitivos.
Editoria de Arte/Folhapress
São alterações que podem ser chamadas de comportamentais, mas a teoria mais aceita atualmente é a de que as causas são genéticas.
"Existem mais de mil genes possivelmente comprometidos que podem levar ao autismo. Uns poucos são herdados, mas, na maior parte, são mutações espontâneas e imprevisíveis, ocorrem por acidente ", afirma Vadasz.
Os neurônios dos autistas são mais curtos e com menos ramificações, o que dificulta a condução, a transmissão e o processamento de informações. As alterações vão se manifestar até por volta de um ano e meio de vida.
INVISIBILIDADE
Isso aumenta a invisibilidade dessas pessoas. "Não dá para reconhecer pela aparência, é igual a de um bebê típico. E há casos em que o desenvolvimento no primeiro ano é normal e, depois, a criança deixa de falar e interagir. Imagine a angústia dos pais", diz Joana Portolese, neuropsicóloga e coordenadora da ONG Autismo e Realidade, de São Paulo.
Os casos em que o bebê começa a se desenvolver normalmente e depois volta para trás, chamados de autismo regressivo, correspondem a 10% dos autistas. Os outros 90% manifestam sintomas a partir do oitavo ou nono mês de vida, mas, na maioria das vezes, os sinais não são compreendidos pelos pais.
Embora não exista cura para o autismo, essas pessoas terão um prognóstico melhor se receberem tratamento -preferencialmente, o mais cedo possível.
As terapias incluem técnicas para desenvolver a comunicação por meio de cartões com figuras, criação de rotinas rígidas e sensibilização e orientação das pessoas que convivem com o autista.
"É lugar-comum dizer que o autista não faz contato, mas não é bem assim. Eles entendem o que se passa ao redor. A questão é como as informações são colocadas por nós para eles", diz Portolese.


Fonte:  http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1214573-dois-milhoes-de-brasileiros-afetados-pelo-autismo-ganham-protecao-da-lei.shtml
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domingo, 13 de janeiro de 2013

Que venha 2013...


Estive fora, merecidas férias com os filhos.. renovar energias...
Encerro mais um ano... experiências vividas, tristezas, alegrias, novos amigos...muito aprendizado!!

Fazendo um balanço de 2012 só tenho a agradecer, encerro este ano cheia de expectativas, começando  2013 com novos desafios e isso me motiva muito, nunca tive medo  de retomar e   aqui vou eu mais uma vez!!

Desejo a todos os amigos um 2013 com muita saúde, porque isso é o mais importante na vida, pra vermos o sorriso dos filhos, alegrias, compartilharmos momentos, sermos felizes, sermos cúmplices!!

Não temos que ter medo....( Kid Abelha... adoro!!)

Uhullllllllllllllll vamos que vamos!!
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