Linha do tempo do desenvolvimento
Muitos fatores influenciam o desenvolvimento de uma criança – principalmente as experiências sociais, como conversar, sorrir, o amor e a segurança que ela recebe – e, como qualquer outro bebê, a criança com síndrome de Down nasce pronta para aprender.
As crianças com síndrome de Down, geralmente, seguem o mesmo padrão de desenvolvimento que as crianças sem a trissomia, mas em um ritmo mais lento em algumas áreas. No entanto, é importante lembrar que o desenvolvimento em algumas áreas influencia o desenvolvimento em outras – por exemplo, as habilidades motoras contribuem para a capacidade de explorar o meio. Portanto, é preciso estar atento para intervir ou ajudar, se necessário.
Um desenvolvimento mais lento na parte motora também pode afetar a independência e autonomia de uma criança – por exemplo, será mais difícil para ela se vestir sozinha, ou completar um jogo de inserir formas em buracos, construir com blocos etc.
Nesta área, você encontra os marcos que devem ser alcançados por idade, mas lembre-se, isso é apenas uma referência, já que todas as crianças – com SD ou não – se desenvolvem em seu próprio tempo. As informações sobre os marcos de cada faixa etária são baseadas nas estimativas fornecidas pela Down Syndrome Education.
ComunicaçãoA comunicação começa quando seu bebê olha para você e sorri. Depois, aprende a balbuciar, em conversas com você. Ela diz respeito a todas as mensagens verbais e não verbais, desde que o ouvinte as entenda. A comunicação inclui ainda o entendimento de que cada um tem sua vez de falar, que você deve ouvir quando o outro fala e que se deve manter contato visual durante uma conversa para perceber se o outro entendeu a mensagem.
Em geral, as crianças com síndrome de Down demoram um pouco mais para falar. No entanto, a comunicação vai além disso: é fundamental que a criança aprenda a se expressar, seja por meio de palavras, gestos ou outras formas de linguagem. Para ajudar seus filhos, os pais devem estimulá-los sempre que possível, envolvendo-os em atividades que favoreçam o desenvolvimento da comunicação. Também é importante ter atenção com possíveis problemas auditivos, que são relativamente frequentes em crianças com síndrome de Down e podem comprometer seriamente a sua capacidade de expressão.
Denvolvimento sócio-emocionalAs crianças com síndrome de Down desenvolvem suas habilidades sócio-emocionais praticamente no mesmo ritmo que as crianças sem a trissomia e costumam ser bastante sociáveis. Por conta de serem tão aptos socialmente, muitos bebês chegam aos primeiros anos de vida ainda muito interessados em olhar rostos e outras crianças e, por causa do desenvolvimento motor mais lento, há o risco de os bebês priorizarem este tipo de atividade em vez da exploração de objetos, ou brinquedos. É preciso que os pais e cuidadores estejam atentos a isso, para ajudar o bebê a manipular esses brinquedos e descobrir novas formas de utilizá-los.
Comportamento
Criar essas rotinas no primeiro ano de vida é um passo importante no estabelecimento de limites e para ajudar a criança a controlar o próprio comportamento. Cerca de um terço das crianças com SD em idade pré-escolar pode apresentar problemas de comportamento – isso costuma ocorrer porque elas ainda não conseguem se comunicar de maneira eficiente. É importante impor limites porque estudos demonstram que as crianças com a trissomia que apresentam problemas de comportamento aos três anos de idade costumam progredir mais lentamente na escola, supostamente porque não conseguem ficar quietos em sala de aula, ouvir, e se beneficiar das oportunidades de aprendizagem. O comportamento adequado à idade também é importante quando se fala de inclusão e facilitará a convivência da criança com outras, em uma escola regular, por exemplo.
Criar essas rotinas no primeiro ano de vida é um passo importante no estabelecimento de limites e para ajudar a criança a controlar o próprio comportamento. Cerca de um terço das crianças com SD em idade pré-escolar pode apresentar problemas de comportamento – isso costuma ocorrer porque elas ainda não conseguem se comunicar de maneira eficiente. É importante impor limites porque estudos demonstram que as crianças com a trissomia que apresentam problemas de comportamento aos três anos de idade costumam progredir mais lentamente na escola, supostamente porque não conseguem ficar quietos em sala de aula, ouvir, e se beneficiar das oportunidades de aprendizagem. O comportamento adequado à idade também é importante quando se fala de inclusão e facilitará a convivência da criança com outras, em uma escola regular, por exemplo.
Desenvolvimento Motor
O controle motor e de nosso corpo influencia tudo o que fazemos. Os bebês nascem com pouco controle motor e, aos poucos, adquirem habilidades como sustentar a própria cabeça, rolar, sentar, se arrastar, engatinhar e andar. Eles também aprendem a segurar um chocalho e, aos poucos, adquirem habilidades para usar as mãos, braços e dedos para alcançar, segurar e fazer o movimento de pinça, adquirindo também o desenvolvimento motor fino. Os bebês e crianças pequenas com síndrome de Down passam pelo mesmo processo, porém, demoram mais para adquirir força e controle motor.
Todos os bebês com síndrome de Down devem ser acompanhados por um fisioterapeuta especialista em crianças com a trissomia desde cedo, para estimular seu desenvolvimento motor amplo. Mais tarde, um terapeuta ocupacional poderá ajudar no desenvolvimento motor fino, como o uso de talheres, ou a habilidade de desenhar e escrever.
Desenvolvimento cognitivo
O desenvolvimento cognitivo precoce chama-se desenvolvimento sensório-motor, pois se dá no período em que as crianças exploram o mundo com seus sentidos. Bebês tocam e pegam objetos, colocando-os em suas bocas – fazendo isso, eles aprendem como as coisas são, que gosto têm, como é o tato e o que podem fazer com elas. As informações adquiridas com todos os sentidos ajudam a criança a formar uma ideia do que é o objeto.
As crianças com síndrome de Down aprendem da mesma maneira, mas sua habilidade em explorar os objetos e os ambientes pode ser prejudicada pelo desenvolvimento motor mais lento. Em algumas crianças, há algumas questões sensoriais que também podem dificultar esse processo, como crianças que não gostam de ficar com as mãos molhadas, por exemplo. Normalmente, as crianças com a trissomia superam, aos poucos, essas questões sensoriais.
No próximo estágio, as crianças aprendem sobre causa e efeito – que elas podem fazer um brinquedo se mover puxando a cordinha, ou fazer barulho balançando um chocalho – e, em seguida elas começam a solucionar problemas simples, como encaixar a forma certa em um buraco. Neste estágio as crianças também aprendem sobre a permanência dos objetos – que as coisas continuam a existir, mesmo quando não são visíveis – e começam a procurar coisas escondidas.
As crianças com síndrome de Down também passam por todos esses estágios, mas um pouco depois das crianças sem a trissomia. Elas também têm mais dificuldades com a resolução de problemas, à medida em que eles se tornam mais desafiadores. Nesse caso, as crianças se beneficiam de um “companheiro de brincadeiras”, que pode mostrá-las o que e como fazer, sem dominar a brincadeira. Isso deve ser feito com todas as crianças, mas de maneira mais estruturada e por mais tempo com crianças com SD.
Independência e autonomia
Para se tornar independente, qualquer criança precisa desenvolver suas habilidades motoras finas. Portanto, as crianças com a trissomia vão demorar mais a segurar um copo sozinhas, ou uma colher, para poder comer sem ajuda. Mas o progresso também é influenciado pela prática, portanto, é importante deixar a criança se alimentar sozinha, mesmo que a bagunça seja muita. O mesmo princípio se aplica a deixar que elas escovem os dentes, lavem as mãos e tomem banho sozinhas, além de ir ao banheiro sozinhas. Elas vão levar mais tempo, mas vão aprender com a prática.
Fonte: http://www.movimentodown.org.br/linha-do-tempo/
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