quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Breno Viola, o judoca que tem síndrome de Down e virou ator de cinema.

O protagonista desta matéria é o Breno Viola, um dos atores principais do filme Colegas, que conta a trajetória de três jovens com síndrome de Downembarcando numa viagem em busca de seus sonhos. 

Breno tem 31 anos e, além de ator, é faixa preta em judô desde 2002, ou melhor, é o primeiro judoca com Down a conseguir esse feito nas Américas! Ele já participou das Olimpíadas para Deficientes Intelectuais – mundial que aconteceu na Grécia em 2011 –, e terminou em 4º lugar, além de ser bicampeão mundial em sua categoria
"Comecei a fazer judô aos 3 anos. Sempre tive meu irmão mais velho como grande inspiração. Ele também é praticante do esporte. Sou o primeiro down das Américas a conquistar a faixa preta e nunca tive moleza. Na academia, se é para tomar esporro, eu tomo, como qualquer aluno. Sempre fui tratado de igual para igual”, conta em entrevista exclusiva. 

Ele explica que nunca teve regalias dentro do esporte e sofreu preconceito uma única vez. “O motorista do ônibus me chamou de doente. Fiquei muito triste na hora, desci, anotei a placa e o número do ônibus e fiz a reclamação. Infelizmente, não deu em nada, mas foi a única vez que sofri preconceito”, lembra, tristonho.

O judoca diz que estudou em escolas comuns até a 8ª série, depois, “quando os estudos começaram a ficar mais puxados”, passou para uma especial. 

Ainda dentro do esporte, Breno fez um curso de arbitragem, fator necessário para alcançar o terceiro dan (uma das graduações do judô), e se encantou com a nova possibilidade. Ele pretende se tornar juiz num futuro não muito distante. 

Sobre o cinema, ele diz que foi algo quase inesperado em sua vida. Breno já tinha feito teatro (inclusive um musical com Beto Silveira) e uma participação na novela Páginas da Vida da Rede Globo - que retratou o caso da adoção de uma menina com Down -, quando foi escolhido pelo diretorMarcelo Galvão para fazer um teste para o filme Colegas. 

“O Marcelo gosta bastante de lutas e me viu em entrevista no Canal Combate, aí foi atrás do meu contato e pediu para eu fazer um teste. Acabou que fui escolhido e meu papel é inspirado no tio dele, que também era down e foi a grande motivação para que ele fizesse o filme”, conta Breno.

No momento em que fala sobre a relação com o diretor, Breno se emociona. Ele, que perdeu o pai em 2011, tem no - agora - amigo o espelho para a figura paterna. “É muito gratificante participar de um filme desses, ter uma equipe tão educada, que trata a gente com tanto amor. Eles viraram minha terceira família. O Marcelo é como um pai para mim, sempre presente nos bons e maus momentos”, diz. 

Entre as muitas atividades que desempenha, ele ainda arranja tempo para militar em prol de quem tem síndrome de Down. Ele ajudou a fundar o site Movimento Down e já viajou para vários lugares fazendo palestras e contando sua história. Em março deste ano, inclusive, vai para os EUA contar sua trajetória em um evento da ONU. “Também falo sobre os direitos das pessoas com deficiência, explico como é a síndrome de Down entre outros assuntos”, explica. 

Como ninguém é de ferro, claro que sobra um tempo para “as namoradas”. Brincalhão, Breno diz estar vivendo um relacionamento aberto e aproveitando o momento de fama. “Tenho um pacto com a minha namorada, todas as famosas que eu conhecer, posso dar um selinho”, explica. 

E o “trato” está sendo levado a sério. A primeira agraciada com um beijo do ator foi Nanda Costa (protagonista da principal novela da TV brasileira atualmente). Os dois estavam participando da gravação do Altas Horas, de Serginho Groisman, quando ele “fisgou” a morena, tudo na base da brincadeira, é claro. 

“Também sou fã da Juliana Paes e Sabrina Sato, mas a Juliana Didone (que está no elenco deColegas) é minha musa”, derrete-se. Breno conta que também admira o trabalho de atores comoRodrigo SantoroWagner MouraBruno Gagliasso e Rodrigo Lombardi

Sobre o futuro ele é enfático: “Quero continuar no judô e fazer muitos e muitos outros filmes”. Com toda essa força de vontade e empenho, ninguém duvida que ele vai alcançar tudo o que deseja, não é mesmo?
Fonte:  http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/inacreditavel/2013/02/25/320254-conheca-breno-viola-o-judoca-que-tem-sindrome-de-down-e-virou-ator-de-cinema#0
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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Curso "COMO IMPLANTAR UM PROGRAMA DE INCLUSÃO PASSO A PASSO"

Quando o tema é Inclusão é comum ouvirmos comentários sobre rotatividade, dificuldade para encontrar pessoas qualificadas, custo da acessibilidade, entre outras questões. Muitas destas situações podem ser minimizadas se a empresa implantar um Programa de Inclusão consistente, porém, é frequente encontramos ações paleativas para simplesmente cumprir a Lei de Quotas.

Pensando neste contexto, a Training People lança o curso "COMO IMPLANTAR UM PROGRAMA DE INCLUSÃO PASSO A PASSO" com o objetivo de levar informações aos participantes para que possam implementar projetos de sucesso. 

O curso é composto por parte teórica e prática onde no final os participantes construirão um projeto de inclusão.

Para saber mais a respeito entre em contato com Luciano Amato através do telefone 9 9607-4946 ou pelo e-mail contato@trainingpeople.com.br

Acesse o link http://www.trainingpeople.com.br/e_mkt_passo.htm e conheça o programa completo, palestrantes e faça sua inscrição.

Haver'uma 2ª turma do curso "Como implantar um programa de inclusão Passo a Passo". Será nos dias 22 e 23 de março, sexta e sábado. Não percam esta oportunidade. Mais informações pelo site www.trainingpeople.com.br ou pelos fones (11) 5549-2682/(11) 99607-4946 com Luciano.
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Encontro com foco em acessibilidade


Encontro com foco em acessibilidade e atendimento ao aluno com deficiência física

Encontro com foco em acessibilidade e atendimento ao aluno com deficiência física



A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) realiza, nesta terça-feira (19/02), Encontro de Formação com os profissionais mediadores das Subsecretarias Regionais de Educação e coordenadores dos Centros de Atendimento Educacionais Especializados, das 8 às 17 horas, no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) – Casa da Indústria, localizado à Avenida Araguaia, 1.544, Edifício Albano Franco, Setor Leste Vila Nova, próximo ao Parque Mutirama. 

No evento, o arquiteto e urbanista especialista em acessibilidade, ex-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência e membro efetivo da Comissão de Acessibilidade do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-GO), Wanilson José da Silva, ministrará palestra sobre acessibilidade nas escolas. 

“Chegou Um Aluno com Deficiência Física. O que fazer?” será o tema que a psicóloga palestrante Mabel Ribeiro de Paiva e Silva abordará em sua fala durante o encontro. Estão sendo esperadas 160 pessoas, sendo 40 mediadores das Subsecretarias Regionais de Educação e 120 coordenadores dos Centros de Atendimento Educacionais Especializados.
Fonte:  http://www.seduc.go.gov.br/imprensa/?Noticia=3935


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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Cego se forma em educação física e começa 2ª graduação


Em 1994, no momento em que foi anestesiado para uma cirurgia nos olhos, Valdemir Pereira Corrêa enxergou pela última vez. Nasceu com glaucoma, mas "uma sucessão de erros médicos" em clínicas de Campinas (SP) e São Paulo lhe tirou definitivamente a visão, aos 24 anos.
Ele só me perguntou: 'Tá preparado [para entrar na água com a prancha]?'. 'Sim', eu disse. Aquele 'sim' me abriu inúmeras portas
VALDEMIR CORRÊA, formado em educação física e estudante de direito
Corrêa sempre viveu em Santos (72 km de São Paulo). Mesmo morando na zona noroeste da cidade, longe da praia, o surfe era sua distração na juventude. E soube da existência de uma escola do gênero, mantida pela prefeitura e que aceitava pessoas com deficiências –mas nunca havia atendido um cego.
Ainda assim, em março de 1997, matriculou-se na Escola Radical de Surf. Recebeu orientações de Cisco Araña, surfista desde 1968 e coordenador dos cursos, mantidos na praia da Pompeia --conheça a escola.

"Ele [Araña] não ficou teorizando. Só me perguntou: 'Tá preparado [para entrar na água com a prancha]?'. 'Sim', eu disse. Aquele 'sim' me abriu inúmeras portas", contou Corrêa, que se tornaria o primeiro surfista cego do país.

O surfe seria o primeiro empurrão para outras conquistas. Pouco antes de entrar na escola de surfe, Corrêa tinha voltado a estudar, para concluir o ensino médio na escola estadual Archimedes José Bava, no bairro Castelo. Professores liam as matérias. Ele memorizava o conteúdo e fazia as provas oralmente.
Ao entrar em contato com atletas de diversas modalidades, Corrêa decidiu que faria faculdade de educação física. 

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Primeiros passos no mar

Por causa dele, Cisco Araña desenvolveu uma prancha adaptada: indicação central para posicionar os pés, marcação próxima ao bico (para surfar deitado corretamente) e quilha (peça na parte inferior que ajuda nas manobras) não cortante, para não ferir o surfista em caso de queda na água.
Com a prancha, Corrêa teve de aprender uma nova forma de praticar o esporte. Ao se apoiar na prancha adaptada (que contém marcações e lhe permitem saber onde está), ele escuta a aproximação das ondas, calcula a que distância estão (com base no ruído), equilibra-se e surfa. Caso caia, a prancha está amarrada à perna

Vida acadêmica

Já aluno da Escola Radical, Corrêa conheceu praticantes de outras modalidades, como capoeira, caratê, tai chi chuan e judô. Assim, decidiu prestar vestibular para educação física e, ano passado, aos 43 anos, formou-se pela Unisanta (Universidade Santa Cecília), em Santos.
Apesar de ter aprendido a ler em braile, não havia material específico para o curso de educação física. Assim, como no ensino médio, contou com a ajuda de professores e colegas, que liam a matéria para que ele memorizasse. Nos dias de prova, ele esperava que todos os colegas terminassem o exame e saíssem da sala; depois disso, os professores aplicavam o teste oralmente para ele.
Quero atuar como juiz. Tudo isso porque, lá atrás, ganhei uma oportunidade numa escola de surfe, e minha vida foi tendo destinos bem diferentes
VALDEMIR CORRÊA, formado em educação física e estudante de direito

Novos caminhos

Formado, Corrêa pretende trabalhar com pesquisas relativas à prática esportiva e às potencialidades dos deficientes visuais. 
E seus planos não param por aí. "Quero atuar como juiz", contou Corrêa, que este mês começou dois novos cursos na mesma universidade: graduação em direito (com bolsa integral) e pós-graduação em treinamento personalizado de força.

"Tudo isso porque, lá atrás, ganhei uma oportunidade numa escola de surfe, e minha vida foi tendo destinos bem diferentes". No mês que vem, Valdemir Corrêa completará 16 anos como frequentador da Escola Radical


Fonte:  http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/02/08/primeiro-surfista-cego-do-brasil-volta-aos-estudos-e-se-forma-em-educacao-fisica.htm
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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Fernando de Noronha faz mudanças para ser acessível a turistas com deficiência



"Quando entrei naquele mar maravilhoso, a impressão foi que meu corpo ganhou outra forma e que eu era outra pessoa, com muito mais movimentos", diz o suíço Michael Peneveyle, 46.

Ele é diretor da ONG Rodas da Liberdade e uma das primeiras pessoas tetraplégicas --com movimentos restritos abaixo do pescoço-- a nadar nas águas da praia do Sueste, em Fernando de Noronha (PE), a mais calma do local, e que agora é totalmente acessível.
Neste mês, ao lado de Yoko Farias, 28, também tetraplégica, Peneveyle conheceu uma realidade ainda distante da maioria das praias do país.
Sobre as pedras, foi erguida uma plataforma que desemboca, por meio de uma rampa, diretamente na praia.

O turista com deficiência ou com movimentos restritos pode entrar na água com cadeiras especiais e a ajuda de monitores. Há também esteiras que facilitam o deslocamento. "A sensação de liberdade que tive foi única", diz Peneveyle.

A palavra de ordem em Noronha tem sido tornar os espaços de bares, pousadas, serviços e atrações turísticas preparados para receber pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

Além do Sueste, há estudos para viabilizar acessos em outras três praias de Noronha.
Dentro do Parque Nacional Marinho, administrado pela concessionária Econoronha, por exemplo, foram construídos 4.500 metros de trilhas que podem ser vencidas por um cadeirante e que levam à contemplação de símbolos do arquipélago como o Morro Dois Irmãos e ao ponto de apreciação de golfinhos.

A concessionária investiu R$ 10 milhões para criar a estrutura que conta com pontos de apoio para o turista com banheiros, bares, lojas de souvenires e pessoal de apoio.
Para entrar na instalação é preciso pagar R$ 65.
Há nove anos, Mosana Cavalcanti, 48, fez a trilha até a Baía do Sancho caminhando normalmente por uma trilha rústica. Na última quinta-feira, voltou em uma cadeira de rodas, pois ficou paraplégica em um acidente de carro.
"É emocionante demais para mim e para toda pessoa com deficiência poder ter a chance de contemplar essas belezas", afirma Cavalcanti, que atua na Secretaria de Turismo de Pernambuco em projetos de acessibilidade.

As embarcações de Fernando de Noronha também estão se preparando.
No barco "Navi", que tem uma lente no fundo que permite a visão de criaturas e objetos no fundo do mar, está em teste uma exibição do passeio por áudio, o que ajuda os cegos e pessoas de baixa visão. É possível levar dois cadeirantes ao mesmo tempo.

As mudanças em Noronha já estão refletindo na economia local. A empresária Silvana Rondelli viu o movimento de idosos crescer de 6%, em 2011, para 15%, em 2012.
Com isso, resolveu ampliar as condições de acesso em sua pousada, a Beco de Noronha. Outros sete proprietários estão fazendo o mesmo.


OUTRAS PRAIAS

A experiência de Fernando de Noronha é apenas o primeiro passo de uma iniciativa ambiciosa do governo pernambucano de levar acesso facilitado para onze praias do Estado.
Estão sendo investidos R$ 7 milhões, recursos do governo federal para tornar a estrutura urbana de 12 cidades pernambucanas mais acessíveis, visando a Copa de 2014.
Em março, a praia de Boa Viagem, em Recife, começa também a dar infraestrutura para que todos possam ter direito ao banho de mar. Em seguida, Porto de Galinhas receberá o projeto batizado de Pernambuco Sem Barreiras.

Fonte:  http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1226608-fernando-de-noronha-faz-mudancas-para-ser-acessivel-a-turistas-com-deficiencia.shtml



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