Acervo ultrapassa 1,4 mil livros em braile. Cadastro não chega a 10 leitores, segundo coordenadora.
Mais de 1,4 mil livros em braile estão à espera de leitores na Biblioteca Municipal Francisco Meireles, localizada na praça João Nicoleti, Centro de Porto Velho. Mas, de acordo com a coordenadora Genoveva Gonçalves Brasileiro, é pouco procurado. O espaço reaberto em setembro do ano passado recebe menos de 10 leitores assíduos. "Nosso cadastro é muito pequeno porque muitos deficientes visuais não dominam o braile", diz Genoveva.
A coordenadora afirma que a maior dificuldade é o interesse. Muitos adultos não conseguem aprender e os jovens preferem usar outras ferramentas, como o computador.
Segundo o presidente da Associação de Deficiente Visual de Rondônia, Carlos Rodrigo Cataca, além da falta de hábito o principal problema é a acessibilidade. Carlos disse ao G1 que Porto Velho não está preparada para o deficiente físico. "A dificuldade começa em chegar até a biblioteca. O transporte não nos ajuda", diz.
São 250 associados em Porto Velho, entre idosos e deficientes físicos. Apenas 60 são deficientes visuais. Deste número, de acordo com Carlos, cerca de 10% aprenderam a ler no Sistema Braille.
Carlos afirma que é necessário criar projetos para inserir o deficiente físico na sociedade. Na associação, periodicamente são realizados cursos de Sistema Braille, informática, matemática, além do curso de orientação e mobilidade.
De acordo com a coordenadora da sala braile, em Porto Velho apenas a Biblioteca Municipal Francisco Meireles tem um local especializado neste sistema.
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