terça-feira, 13 de agosto de 2013

Município ganha primeira escola pública de educação inclusiva do AP

Alunos especiais dividem o mesmo espaço com os do ensino regular.
Aulas começaram nesta segunda-feira (12), na escola Hildemar Maia.


Começaram nesta segunda-feira (12), as aulas na primeira escola pública inclusiva do Amapá. Localizada no bairro do Trem, em Macapá, a escola de Ensino Fundamental Hildemar Maia passou por reforma e foi inaugurada totalmente adaptada com acessibilidade como projeto piloto pela prefeitura de Macapá.

De 400 alunos do ensino regular da escola, 12 são portadores de necessidades específicas como autismo, deficiência intelectual, perda auditiva e paralisia cerebral/múltipla.
Corrimão na entrada da escola para facilitar a mobilidade dos alunos especiais (Foto: Maiara Pires/G1)Corrimão na entrada da escola para facilitar a
mobilidade dos alunos especiais
(Foto: Maiara Pires/G1)
A escola agora possui mais rampas de acesso e quadra de esportes adaptada para cadeirantes, incluindo um espaço exclusivo para alunos especiais.

A instituição também possui horta, jardim sensorial e os banheiros também foram adaptados com rampa e fraudário - uma espécie de maca de mármore com uma ducha ao lado onde os cuidadores poderão trocar a frauda de alunos com mobilidade reduzida, quando houver necessidade.
"Mesmo que vários pontos tenham sofrido adaptações na escola, os ambientes poderão ser usufruídos por todos os alunos. A inclusão é para todos", frisou a diretora do estabelecimento, Lindalva Fernandes, referindo-se também à Sala de Atendimento Educacional Especializado, que dispõe de equipamentos e materiais didáticos.
Banheiro foi adaptado para recber os alunos com mobilidade reduzida (Foto: Maiara Pires/G1)Banheiro foi adaptado para recber os alunos com
mobilidade reduzida (Foto: Maiara Pires/G1)
Todas as placas de identificação dos ambientes foram escritas em linguagem braile, libras e em português.

"Mesmo que a gente não utilize essas duas linguagens com os nossos alunos portadores de necessidades específicas, a secretaria [de educação] tomou esse cuidado para recebermos estudantes cegos ou surdos que vierem a ser matriculados na instituição", comentou a professora de educação especial, Marlene Trajano.
Todas as placas de identificação dos ambientes foram escritas em braile, libras e português (Foto: Maiara Pires/G1)Todas as placas de identificação dos ambientes
foram escritas em braile, libras e português
(Foto: Maiara Pires/G1)
A educadora, que já tem experiência com educação especial, observa que as crianças são muito receptivas com os colegas especiais.

"Eles sempre demonstram preocupação com os coleguinhas e querem cuidar deles o tempo todo. E nós, professores, temos que estar muito atentos para evitar qualquer incidente com eles", alerta Marlene.
Durante a inauguração da escola, nesta segunda-feira, o prefeito de Macapá, Clécio Luis, anunciou que pretende garantir acessibilidade em todos os projetos urbanos. Para isso, foi assinado durante o evento, o decreto que institui a Comissão de Acompanhamento e Fiscalização nas obras em andamento.

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