sexta-feira, 28 de junho de 2013

Jovem com Down irá à Disney graças a campanha de desconhecida

Roteirista criou 'Jornada' para sair pelas ruas de SP ajudando as pessoas. Entre as ações, ajudou garoto que não tinha como ir a viagem com grupo.


Flávia MantovaniDo G1, em São Paulo

Na sequência, Renata Quintella dá a notícia a Thiago Rodrigues de que ele irá à Disney (Foto: Divulgação/A Jornada de Renata Quintella)Na sequência, Renata Quintella (de franja) dá a notícia a Thiago Rodrigues de que ele irá à Disney; ele aparece nas fotos com a mãe (de roxo) e com a psicóloga Fabiana, que coordena o projeto para jovens com deficiência intelectual (Foto: Divulgação/Leonardo Saraiva)
Um jovem com síndrome de Down vai realizar o sonho de viajar para a Disney graças à iniciativa de uma moradora de São Paulo que decidiu sair pela cidade fazendo o bem para desconhecidos.
O garoto é Thiago Rodrigues, de 25 anos. A “boa samaritana urbana” é Renata Quintella, de 39 anos.
Thiago vive no Capão Redondo, na Zona Sul da capital paulista. Desde cedo, aprendeu a ser independente: anda de ônibus e de metrô, trabalha em uma empresa de ecodiesel para ajudar a mãe, que é manicure, e pratica jiu jitsu em uma academia onde é bolsista.
Thiago Rodrigues após saber que sua viagem deu certo (Foto: Divulgação/A Jornada de Renata Quintella)Thiago após saber que a viagem deu certo
(Foto: Divulgação/Leonardo Saraiva)
Frequentemente, sai com os amigos que conheceu em um projeto voltado à sociabilização de pessoas com deficiência intelectual.
Criado pela psicóloga e pedagoga Fabiana Duarte, o programa, chamado “Simbora Gente”, leva os jovens para atividades coletivas em teatros, bares, baladas e outros passeios. 
Alguns desses jovens pagam para participar, mas os que não têm condições financeiras – caso de Thiago – são incluídos gratuitamente sempre que possível.
No dia 15 de julho deste ano, o grupo parte para sua primeira viagem internacional. O destino, escolhido por unanimidade em uma votação entre os participantes, foi o parque da Disney na Flórida. O problema é que, desta vez, não foi possível conseguir subsídio para a ida de Thiago. O valor, de US$ 4.000 apenas para passagem e hospedagem, era alto demais.
Decepcionado, Thiago não quis acreditar, e chegou a pedir folga no trabalho para poder acompanhar o grupo. “Ele não entendeu muito, falou para o chefe que ia. Isso me cortou o coração”, diz Fabiana.
Renata Quintella abraça uma desconhecida durante sua 'Jornada' (Foto: Milene Milan e Micaela Trigo/Divulgação)Renata Quintella abraça uma desconhecida durante
sua 'Jornada' (Foto: Milene Milan e
Micaela Trigo/Divulgação)
Jornada
Os caminhos de Thiago Rodrigues e Renata Quintella se cruzaram em abril deste ano. Ela conheceu o grupo do Simbora Gente em uma viagem que fez com seus três filhos para o interior de São Paulo.
Dois meses depois, Renata, que é roteirista, decidiu levar adiante um projeto que estava há tempos em sua cabeça: sair pela cidade oferecendo ajuda a desconhecidos.
“Não é algo que vai mudar diretamente a vida de ninguém. Não vou dar casa, carro, nada disso. Tento ajudar a pessoa naquilo que ela precisa naquele momento. Acredito no poder da gratidão”, explica ela.
Acompanhada de amigos cineastas e fotógrafos e com flores na mão, ela foi para o bairro de Pinheiros no dia 5 de junho e começou a abordar as pessoas. Ao ouvir a pergunta “O que eu posso fazer por você agora?”, muitos estranharam e quiseram saber o que estava por trás da iniciativa.
Depois de conversar com Renata, elas relaxaram e disseram o que queriam. O resultado foi que, até o fim do dia, Renata ajudou uma senhora a carregar sacolas de compras, comprou uma vassoura de um ambulante que não havia vendido nada aquele dia, usou-a para ajudar a varrer uma loja perto dali, levou em seu carro um homem que precisava ir ao dentista e até organizou uma festa na rua para uma mulher que estava sozinha em seu aniversário.
A “Jornada”, como foi batizada a iniciativa, se repetiu por mais quatro dias em lugares diferentes da cidade.
Renata Quintella na festa improvisada que fez para uma aniversariante (Foto: Milene Milan e Micaela Trigo/Divulgação)Renata na festa improvisada que fez para uma
aniversariante (Foto: Milene Milan e
Micaela Trigo/Divulgação)
E a ajuda para viabilizar a viagem de Thiago foi uma das boas ações que ela quis promover. Quando soube pela psicóloga que coordena o “Simbora Gente” que o garoto não conseguiria ir no passeio em grupo, ela tentou arrecadar o dinheiro necessário.
Depois de muitos contatos sem sucesso, conseguiu sensibilizar uma empresa de eventos corporativos, que se dispôs a patrocinar o pacote.
A notícia foi anunciada em grande estilo. Segurando um boneco e um balão do personagem Mickey, Renata entregou uma caixa que trazia a mensagem: “Thiago, você também vai para a Disney!”. O momento foi filmado (veja o vídeo aqui).
Agora, Renata continua em campanha para arrecadar o dinheiro (cerca de US$ 1.500) para as despesas do garoto nos 15 dias no exterior (informações sobre como colaborar pelo e-mail jornadanossa@gmail.com)
Desde que começou sua "Jornada", a roteirista tem recebido e-mails de todo o Brasil, de pessoas que querem conversar, tomar um café ou dividir experiências. “E fácil fazer alguma coisa por alguém", diz Renata. "O que a gente recebe de volta é impressionante. E outras pessoas podem reproduzir o gesto. Vira uma corrente”, acredita.
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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Pesquisadores trabalham em projeto que promete trazer a cura da cegueira no ano que vem

Novidade utiliza de tecnologia para ajudar pessoas completamente cegas a reconhecerem objetos e cores.


Um projeto chamado Monash Vision, da companhia australiana Monash University, promete curar a cegueira utilizando a tecnologia. Ele consiste em fazer um implante no cérebro, associado a uma câmera, para projetar as imagens no córtex da pessoa.

A câmera capturaria e enviaria as imagens a um processador digital implantado próximo ao crânio. O chip estimularia o córtex visual por eletrodos e ajudaria a pessoa a interpretarem as imagens.

“É o sistema mais avançado já criado para auxiliar pessoas a reconhecerem diferentes objetos e cores”, relatou Arthur Lowery, diretor do projeto. “Isso significa que pessoas podem ir a um encontro e saber quem está lá e quantos estão lá. Elas poderão sair de casa tranquilamente, pois saberão onde há árvores, por exemplo”, explica.

Vale lembrar que a visão não será completa, funcionando como uma espécie de radar para guiar a pessoa através de centenas de pixels. “Se você tem um pouco de visão, talvez não seja muito útil para você”, explica Loweri que diz que a novidade é voltada para pessoas completamente cegas.


Os cientistas responsáveis pelo desenvolvimento da tecnologia esperam lançar um protótipo até a primeira metade de 2014. O governo australiano investiu cerca de US$ 8 milhões no projeto.
Fonte: Guardian e Olhar Digital


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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Novo teste detecta síndrome de Down na gravidez com mais precisão

Uma equipe de cientistas britânicos desenvolveu um novo exame que promete detectar, mais cedo e com mais precisão, a síndrome de Down durante a gravidez.
A equipe da universidade Kings College de Londres, responsável pela pesquisa, analisou o sangue de mil grávidas e concluiu que o novo teste, chamado exame de DNA fetal (cfDNA, na sigla em inglês), pode mostrar "quase que com certeza" se o bebê é portador do distúrbio genético.
Atualmente, o teste mais comum é feito entre a 11ª e a 33ª semana de gravidez por meio de ultrassom. Nele, o médico mede a quantidade de um líquido, atrás do pescoço do bebê, chamado translucência nucal. Crianças com síndrome de Down tendem a apresentar uma maior quantidade dessa substância.
Além disso, hoje, as grávidas podem fazer um exame de sangue para checar se há níveis anormais de certas proteínas e hormônios em seus bebês.
A partir desses testes, são calculadas as chances de a criança ser portadora da síndrome. No entanto, se a chance for alta, a recomendação é que as grávidas passem por um dos dois testes para esses casos –ambos invasivos e arriscados.
Um deles é a biópsia do vilo corial, que analisa uma pequena amostra da placenta. O outro é a amniocentese, que testa o líquido aminiótico que envolve o bebê. A probabilidade de os dois exames provocarem aborto é de um em cem casos.

Definitivo
O professor Kypros Nicolaides, que coordenou a pesquisa, afirmou que o novo exame de DNA é muito mais certeiro, já que seu resultado indica com 99% de precisão se o bebê apresenta a síndrome de Down.
"Esse teste é praticamente um diagnóstico. Ele mostra com quase certeza se o seu bebê tem ou não a síndrome", diz Nicolaides. "Da perspectiva da mulher, ele traz uma mensagem muito mais clara sobre o que fazer em seguida."
Segundo ele, hoje a prática médica recomenda envolver os pacientes nessas decisões. "Mas isso é apenas da boca para fora. Porque se o risco é de, por exemplo, um em 250, como é possível decidir? Quando os pacientes tiverem mais clareza, será mais fácil."
A equipe médica, que publicou a pesquisa sobre o teste na revista científica "Ultrasound in Obstetrics and Gynaecology", agora vai fazer um estudo com 20 mil mulheres para incrementar os resultados obtidos.
A Associação de Síndrome de Down no país disse que a realização do teste ainda não é algo iminente.
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sábado, 8 de junho de 2013

Museu terá verba para 'traduzir' obras para cegos e surdos

Os museus de São Paulo vão dispor de uma verba de R$ 1,2 milhão para tomarem medidas que possibilitem que visitantes com deficiência visual e auditiva consigam explorar seus acervos de maneira mais completa.
O dinheiro vai poder ser usado na implantação de recursos de comunicação em acervos temporários ou de longa duração.
Pessoas cegas, por exemplo, precisam de audiodescrição (recurso que narra com detalhes uma situação, objeto ou cena) ou imagens em relevo para terem uma melhor compreensão de uma obra.
Os surdos podem precisar de um intérprete de libras --língua brasileira de sinais-- ou de legendas para entenderem com mais desenvoltura determinada exibição.
A medida faz parte do programa de incentivo à cultura da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.
Jorge Araújo/Folhapress
O deficiente visual Olavo de Barros interpreta obra em relevo na Fundação Dorina Nowill
O deficiente visual Olavo de Barros interpreta obra em relevo na Fundação Dorina Nowill
Vão ser escolhidos 12 projetos que serão contemplados com verbas que variam de R$ 75 mil a R$ 137,5 mil. Pelo menos quatro deles devem ser do interior ou do litoral.
Os museus que tiverem suas iniciativas aprovadas vão ter de dar uma "contrapartida social" ao governo, como garantia de ingressos gratuitos para idosos ou ações específicas para esse público, entre outras iniciativas.
Para advogada Thays Martinez, a primeira pessoa cega a garantir acesso ao metrô de São Paulo com um cão-guia, a medida é importante, "desde que seja bem realizada".
"É preciso ter muito critério na seleção desses projetos para que eles sejam mesmo úteis. Há casos em que oportunistas pegam o dinheiro público e, em troca, oferecem um recurso precário que não ajuda ninguém."
De acordo com a secretaria, os projetos serão avaliados por um grupo de especialistas do segmento.
As inscrições podem ser feitas até 19 de julho pelo site www.cultura.sp.gov.br.
O Museu de História da USP concluiu anteontem, após dois meses, uma reforma de acessibilidade.

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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Francesa supera paraplegia e encara ondas presa às costas de surfista

Uma mulher francesa que ficou paraplégica 18 anos atrás encontrou uma maneira radical de se sentir em movimento novamente, com a ajuda de um amigo surfista. Pascale Honore, de 50 anos, se amarra com fita adesiva às costas do mergulhador e surfista Tyron Swan, de 23 anos, e pega ondas surfando em dupla em uma praia australiana.




Pascale contou como foi a primeira vez em que encarou uma onda dessa forma. "Foi a experiência mais emocionante da minha vida. Depois de ter passado os últimos 18 anos sentada, senti como se estivesse me movendo de novo. Perdi completamente a noção de estar paralisada. Nunca vou me esquecer da sensação", explicou.
A dupla se encontra sempre que possível para surfar em uma praia perto de Adelaide, no sul daAustrália. Os dois contam com a ajuda de uma moto aquática, que os puxa até as ondas e ajuda com sua velocidade.
A francesa teve os membros inferiores paralisados em um acidente de carro há 18 anos, quando uma lesão na coluna causou a sequela.
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