terça-feira, 30 de junho de 2020

Corrente do bem

         TODOS  nós podemos fazer a diferença na vida de alguém. 

Fonte: https://youtu.be/N9Jm58q4ZqU
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sábado, 20 de junho de 2020

Não seja omisso, diga NÃO ao racismo.


             Não podemos compactuar com o racismo e o preconceito velado que vivemos todos os dias.  Não compactue, se posicione, não podemos achar que é  normal pessoas serem tratadas com desprezo, indiferença por sua  cor, classe social ou nacionalidade.
   
              A pandemia está mostrando isso todos os dias,  pessoas morrendo em países ricos e pobres, independente de armamento, poder  financeiro. Precisamos  refletir sobre todos os momentos que vivemos, Deus sempre está nos mostrando algo,  infelizmente nem todos querem ver!!

  •                        #somostodosiguais.
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segunda-feira, 15 de junho de 2020

Quem é o diferente?

"Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais."
Bob Marley


Ser Diferente é Normal.
Viva a diferença.
Viva a diversidade.
Viva o respeito.
Viva a vida.
Viva o amor.

Fonte: https://eduespecialibirama.blogspot.com/2012/01/voces-riem-de-mim-por-eu-ser-diferente.html
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sexta-feira, 12 de junho de 2020

domingo, 7 de junho de 2020

A incrível interação entre robôs e crianças com autismo


            Os robôs estão avançando de tal forma que muitos já se tornaram parte de nossas vidas (robôs de cozinha, robôs aspiradores de pó). Por outro lado, com essa incorporação gradual em nossa rotina, alguns já começaram a adquirir uma forma humana. Neste sentido, algumas pessoas podem ficar com medo da velocidade com que essas máquinas automáticas estão progredindo. No entanto, é certo que as possibilidades que eles nos trazem e podem nos trazer no futuro são imensas. Entre elas, se existe uma na qual se destacam, é a ajuda decorrente da interação entre robôs e crianças com autismo.
          Muitas crianças com autismo sofrem com um isolamento social e dificuldades de comunicação.
Isso faz com que toda a ajuda que podemos lhes fornecer seja difícil de ser transmitida. É como se encontrássemos uma barreira. No entanto, parece que os robôs têm mais chances de sucesso.
“Estes robôs, ao contrário das pessoas, têm padrões de comportamento simples. Eles são capazes de falar, mas seguindo discursos simples, fazendo movimentos de cabeça e expressões faciais facilmente identificáveis.”
-El País- 
           O paradoxo é curioso: muitas crianças com autismo que têm dificuldades para se comunicar não as apresentam ao se comunicarem com um robô. Estamos falando de pequenos robôs emocionais simples, que têm olhos e membros.

          Estes robôs fizeram surgir o que pode ser chamado de “terapia com robôs”. Uma nova maneira de abordar os problemas que os pacientes apresentam e que, no caso que nos interessa, tem a ver com crianças e autistas. Mas, como e por que os robôs conseguem o que os seres humanos não conseguem?


Fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/interacao-robos-e-criancas-com-autismo/

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quarta-feira, 3 de junho de 2020

Conversando sobre a escola inclusiva


Foi somente no fim do século XIX quando, diante das radicais mudanças sociais rumo à modernidade instaura-se a escolaridade obrigatória.
De fato, o desenvolvimento humano passou a ser avaliado a partir de parâmetros inéditos e novos comportamentos começaram a ser exigidos.
A Educação Inclusiva não surgiu ao acaso, ela é um produto histórico de uma época e de realidades educacionais contemporâneas, uma época que exige que nós abandonemos muitos dos nossos estereótipos e preconceitos, na identificação do verdadeiro objeto que está sendo delineado.
A Psicanálise, quando de seu surgimento, tentava resgatar o sujeito histérico da exclusão social, na medida em que possibilitava que os sintomas fossem escutados e entendidos para além de seu encobrimento pelo mal estar físico.
No paradigma da Inclusão proponho o mesmo modelo, escutar pais, educadores e alunos, de maneira que o sentido seja entendido além de seu encobrimento pelo mal estar da deficiência permanente ou temporária e suas vicissitudes envolvidas.
Um paradigma é um modelo mental, uma forma de ver o mundo, um modelo de referência, filtrando outras percepções, conteúdos determinados, etc. Ele estabelece, em suma, um modelo de pensamento e/ou de crenças através do qual o mundo pode ser interpretado.
Para Winnicott, o modelo de prevenção inicia-se pelo conceito de preocupação materna primária, o autor descreve como sendo as primeiras atitudes que a mãe inicia ao planejar a inclusão do projeto bebê/filho e posteriormente todas as demais providencias durante a gravidez. As condutas prévias de cuidados, proteção, fantasias destrutivas e amorosas começam a partir deste percurso. Neste momento as fantasias podem ser elaboradas positivamente, favorecendo a criação de um espaço interno imaginário (na mente materna primeiramente) para depois aparecer um espaço externo real, aonde este ser humano será incluso e aceito. Portanto, antes que exista o bebê concreto ele já está vivo na mente da mãe, vai ocupando e conquistando um lugar de identidade. Neste espaço imaginário, a mãe pode odiar seu bebê antes mesmo que ele a odeie, porque ao permitir a entrada do novo, do desconhecido do diferente e talvez “deficiente” (quando há presença de sentimentos persecutórios constantes), fere nosso narcisismo (nossa imagem de espelho perfeita e ideal). Ao mesmo tempo em que alimenta as fantasias do igual e perfeito, aparece à ambivalência dos afetos: é a vez da luta entre amor e ódio, bem e mal, perfeito e imperfeito, aceitar e rejeitar.
Este pressuposto teórico nos ajuda a compreender esta dinâmica relacional humana entre a maternagem imaginária e maternagem ambiente que pode acolher ou excluir: a força dos afetos destrutivos, aparecem através dos conflitos, que são projeções de  fantasias destrutivas e perigosos,  a defesa é o afastamento, a rigidez, o impedimento, e o distanciamento do outro, que pode ser o bebê ou nosso aluno com deficiência.
Consideramos que poderão estar neste inter-jogo emocional outras demandas individuais, culturais, contudo não pretendemos aqui ponderar de forma reducionista, apenas olhamos esta situação por um vértice.
Se as instituições sociais, escolares, familiares, quiserem se constituir como espaços que acolham as diferenças a meta não deve ser necessariamente enquadrar, mas sim ajudar o “diferente” a encontrar um lugar escolar e social. Todavia da maneira que lhe for possível, ou ainda, auxiliá-lo a encontrar respostas por diversas vias, através de outras formas de conhecer.
O que chamamos de preocupação materna primária, numa metáfora para a escola, para os professores e para os funcionários seria o preparo para receberem o aluno incluso. Lembremos que o desafio psicanalítico foi, desde o início, propiciar a escuta das diferenças e contribuir para que o sujeito possa encontrar seu bem estar dentro delas.
Trabalhar com o aluno deficiente exige a disponibilidade interna e externa, maternagem imaginária e maternagem ambiente suficiente, da equipe administrativa escolar, disponibilidade do educador, dos pais e do aluno.
Acredito que talvez seja possível estabelecer um lugar, um espaço intermediário entre a escola regular, a família, a sociedade, com todas suas implicações institucionais, pedagógicas e sociais.
O referencial Inclusivo está sendo entendido por mim como um lugar que deverá ser construído gradativamente antes de se construir um cidadão.
A Escola Inclusiva deve tentar auxiliar, na medida do possível, a constituir um sujeito cidadão, para uma SOCIEDADE PARA TODOS.
Incluir é criar, criação no sentido das intersecções de afetos, áreas, valores, conceitos, saberes e pessoas.
Precisamos rever nossa necessidade de desejar o outro conforme nossa imagem, mas respeitá-lo numa perspectiva não narcísica, ou seja, aquela que respeita o outro, o não eu, o diferente de mim, aquele que não quer catequizar ninguém, mas que defende a liberdade da individualidade respeitada.
Precisamos nos atentar para o fato do aluno deficiente ou diferente estar incluso não o transforma em “normal” ou “normotípico” no sentido de que suas peculiaridades estejam superadas, pelo contrário ele continua com suas limitações que deverão ser respeitadas e atendidas. Neste momento entra a capacidade afetiva e pedagógica do educador de perceber estas sutilezas.
FREUD, em 1913 já dizia que a Pedagogia, a Política e a Psicanálise eram profissões do impossível, porque precisamos nos deparar com as limitações com o “desejo do outro”, justamente quando isto não acontece às formas de massificação e autoritarismos são instaurados, para impor o saber pela força, então encontramos uma ilusão de saberes!
Para que tudo isto se modifique, não basta apenas trabalharmos com os conteúdos cognitivos/informativos no processo de formação dos educadores para o paradigma da Inclusão, pois se alunos não tiverem o desejo do saber instaurado, por mais conteúdos que  possamos lhes dar, permanecerão na mesma posição.
Acreditamos que devemos sempre estar atentos com o fato da impossibilidade, porque para aprender é necessário que a experiência seja resignificada, posteriormente a tomada de consciência, que será sempre incompleta e parcial. (LAJONQUIÈRE, 1999)
O que torna uma aprendizagem livre é a possibilidade da presença da confusão, do inesperado, porque derruba a teoria, abre para a reflexão e leva à modificação da práxis, este é o maior medo dos professores, e cujo lugar se encaixa o paradigma da inclusão com a entrada do portador de necessidades educacionais especiais. (SEM, 1999)
A Psicologia Social vem nos ajudar a compreender a identidade dos seres humanos como sendo atribuições de predicados e adjetivos atribuídos pelo grupo social. No caso do portador de necessidades educacionais especiais, ele carrega um estigma social, bem como tantos outros grupos marginalizados pela sociedade. Entretanto, é importante lembrar que o indivíduo não é apenas algo que lhe atribuem, mas também o que faz e como faz.
Compreendemos a identidade do aluno deficiente no paradigma da Inclusão tem a possibilidade de pensar, de ser, fazer, conviver e aprender, resignificando sua identidade através do convívio na diversidade. (HALL, 1997)
O aluno deficiente não deve então ser visto isoladamente, mas como um ser em relação e, portanto nas relações sociais que o aluno deverá estar envolvido, sua identidade poderá ser resignificada e concretizada de maneira positiva.
Para uma Inclusão bem sucedida tanto depende do desejo do professor, dos pais assim como do desejo do aluno querer fazer ou não esta mudança.
O poder das políticas públicas poderá contribuir para criar espaços, assegurar direitos e deveres, promover projetos mais eficientes, mas não dá garantia nenhuma sobre uma verdadeira inclusão entre pessoas se de fato não nos envolvermos.
Envolver dá trabalho, leva a responsabilidade e compromisso, é caminhar a passos curtos.
Aonde não exista afeto de fato não há relação humana possível e, portanto não haverá Inclusão.

Marina S. R. Almeida
Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar
Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista
CRP 41029-6
INSTITUTO INCLUSÃO BRASIL

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