Educar é colaborar para que professores e alunos transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem, na construção do saber, de sua identidade e em seu caminho pessoal e profissional. É preciso encontrar espaços sociais e profissionais para nos tornarmos realizados e produtivos. Existe um grande leque de opções metodológicas e possibilidades de organizar esta comunicação, cabe a nós integrar e adequar as tecnologias e procedimentos metodológicos em favor do aprendizado.
Pode parecer que as pessoas esqueceram o quão importante você é, que esquecerão sua criatividade, dedicação, sua paixão.
Está na hora de lembrar que para cada aluno que diz “eu não consigo”, “eu não sou inteligente”, tem um professor que diz “você consegue”, “você é capaz”
Todo aluno precisa de alguém que acredita nele. E o professor faz tudo para encorajar, motivar, desafiar, engajar, inspirar e despertar o amor pelo aprendizado.
Ser professor é ter a habilidade de mudar…uma mente, um caminho, uma história, um futuro, uma direção e uma vida.
Agradeço você por tornar a vida dos seus alunos tão especial e significativa.
Estamos juntos para melhorar a educação e mudar o mundo.
O escritório recém-inaugurado é daqueles para gente jovem. Sem divisórias, com mesas comunitárias com posições plug & play para notebooks, encanamentos à mostra e salas envidraçadas do chão ao teto. Os gestores do espaço se entreolham. Há um certo corre-corre para resolver a questão inesperada. Uma pessoa com deficiência física pede para usar o banheiro.
Na primeira tentativa, já está claro que a cadeira não vai passar pela porta. Um telefonema para a administração predial aumenta o constrangimento. A informação é de que a maioria dos escritórios do edifício são assim. Provavelmente há um toilette adaptado no prédio. Mas se encontra muitos andares abaixo e, ainda assim, é preciso confirmar.
Naquele ambiente moderno e descolado, esqueceram de pensar na acessibilidade.
"O constrangimento só ocorreu por causa da minha presença física", relembra Rodrigo Hübner Mendes, protagonista do episódio. "Muitas vezes, é o contato pessoal que faz com que as dificuldades para a inclusão sejam percebidas. Com o tempo, é preciso que o clima desconfortável se transforme na percepção de que devemos promover mudanças".
Tetraplégico desde a juventude em razão de um acidente, Rodrigo é referência, no Brasil e no exterior, no debate sobre inclusão. À frente do Instituto que leva seu nome, é um professor bem paciente – inclusive com as perguntas leigas deste jornalista – para falar sobre o que cada um pode fazer para que a sociedade seja mais acolhedora para todos. O tema é oportuno para esse dia 21 de setembro, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.
(Parênteses linguístico da amiga jornalista Beatriz Vichessi: os termos "deficiente" e "portador de deficiência" são considerados inadequados, pois resumem o indivíduo à deficiência. O termo escolhido por diversas organizações, entre elas a ONU, é "pessoa com deficiência").
A visão sobre a deficiência está mudando. Para quem não vivencia essa condição todo dia, as histórias de superação, sobretudo as esportivas, exemplificam a rota para "vencer o problema" (aspas necessárias, pois estamos no terreno da colaboração e não da competição, encarando uma condição e não um problema).
"Essa é uma conceituação que considera a deficiência como um problema individual, resultante de uma limitação clínica que necessita apenas do esforço pessoal para ser superada. Podemos nos emocionar com essas histórias, mas hoje já enxergamos a questão com outros olhos", diz Rodrigo.
O grande marco da virada foi a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, escrito em 2006 e incorporado à legislação brasileira dois anos depois, com status de emenda constitucional. A transformação em lei abriu oportunidades gigantescas relacionadas à melhoria da vida de 24 milhões de brasileiros com deficiência, segundo o IBGE. Indicou que a responsabilidade pela tarefa é de todos. O documento afirma que a deficiência é um conceito em evolução. Em vez de uma limitação individual, o entendimento hoje aceito é que ela resulta da interação entre pessoas com deficiência e as barreiras que impedem a participação dessas pessoas na sociedade em igualdade de oportunidades com as demais.
Que barreiras são essas? As mais visíveis se encontram no ambiente. O caso descrito no abertura deste texto é um exemplo, e não dos mais escabrosos. Os obstáculos às pessoas com deficiência, sejam físicas ou intelectuais, estão por todas as partes. Por aqui mesmo já publiquei a história da"rampa rumo ao nada" na cidade de Sacramento, MG. Mas há barreiras nos meios de comunicação, na rede de transporte, nas metodologias escolares.
E em nossas atitudes (e olha que nem vou falar sobre quem estaciona em vagas para pessoas com deficiência…).
Em sã consciência, não há quem se diga contra a inclusão. Mas, quando o assunto bate à porta, começam a surgir as contrariedades. A escola é palco de algumas delas. Sobretudo em casos de deficiência intelectual, pode ser difícil encontrar vagas em escolas (embora negar matrícula a aluno com deficiência seja crime punível com até 4 anos de prisão) e as adaptações necessárias para que a criança se integre.
"Acho que a resistência deriva da sensação de impotência de um determinado grupo – no caso, os professores – quando falta apoio e repertório para dar conta dessa nova realidade que são salas de aula mais heterogêneas", afirma Rodrigo. Novamente, o caminho não é mirar a deficiência, mas atacar os obstáculos que impedem a inclusão. É possível, por exemplo, lutar por oferta de formação aos docentes, planejamento didático para cada novo aluno e mais recursos do poder público. "Quando isso acontece, fica nítida a redução das resistências. Percebo a satisfação dos professores quando crescem profissionalmente e conseguem aprimorar seu fazer pedagógico ao atender bem as crianças com deficiência."
Tanto melhor se a busca por melhoria for feita em grupo. Uma pessoa isoladamente pode batalhar para resolver situações especificas, mas a transformação verdadeira só virá com ações coletivas e políticas públicas para todos. Isso é o suficiente para "vencer" a deficiência? Não – e nem é essa a ambição. "O impedimento clínico continua presente, mas o indivíduo vai ganhando autonomia à medida que que as barreiras vão sendo desconstruídas", finaliza Rodrigo. A sociedade se aprimora ao contemplar a diversidade de condições humanas.
Apesar de 25% da população brasileira ser formada por pessoas com deficiência, somente 1% das carteiras assinadas no país é composto por esse grupo
“Trabalhar em um ambiente inclusivo onde eu consigo desempenhar um papel importante na vida dos meus colegas e clientes faz com que eu me sinta parte do mundo”. As palavras são de Alexandre Costa, desenvolvedor e MVP (Most Valuable Professional) da Microsoft.
Alexandre é cego. Aos 28 anos, ele perdeu totalmente a visão após um glaucoma evoluir para a cegueira total. O desenvolvedor faz parte dos mais de 45 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência – quase 25% da população total do país, segundo dados do IBGE.
Apesar disso, somente 1% do total de carteiras assinadas no Brasil é composto por pessoas com deficiência. Essa parte da população ainda encontra muitas dificuldades e barreiras para conseguir trabalhar e isso se deve, em grande parte, à falta de serviços disponíveis para esse grupo, como tecnologia da informação, comunicação, justiça ou transporte, e aos muitos obstáculos que enfrentam em sua vida cotidiana.
Para Alexandre, a maior barreira a ser vencida é a do preconceito e desinformação. “Existem muitos recursos para ajudar na inclusão de profissionais com deficiência, mas eles são pouco conhecidos. Infelizmente, ainda há muito preconceito relacionado a essa questão, o que dificulta ainda mais nossa entrada no mercado de trabalho”, afirma Costa.
Alexandre Costa, desenvolvedor e Most Valuable Professional da Microsoft (Foto: Microsoft Brasil)
De acordo com a pesquisa Expectativas e Percepções sobre o Mercado de Trabalho para PCDs, realizada pela consultoria i.Social, pessoas com algum tipo de deficiência encontram duas vezes mais dificuldades para entrar no mercado do que as que não têm deficiência. Além da baixa oferta de vagas, existe um forte índice de resistência por parte das empresas em contratá-las.
A mesma consultoria realizou outro estudo que indicou os principais obstáculos inerentes ao processo de inclusão no trabalho. Em primeiro lugar, foi apontada a “falta de acessibilidade” (59%), seguida de “foco exclusivo no cumprimento da cota” (46%), “baixa qualificação das PCDs” (40%) e “falta de preparo dos gestores” (35%).
Mas o que é importante para PCDs na hora da busca por uma vaga de emprego? Um ambiente de trabalho inclusivo e acessível é um dos grandes atrativos. Esse item, no entanto, caminha sempre junto com opções como salário, plano de carreira e pacote de benefícios.
Muito se fala sobre a importância de as empresas promoverem a diversidade no seu quadro de funcionários e em suas ações. Em um relatório publicado pelo LinkedIn com os principais mindsets de recrutamento para 2018, o Global Recruiting Trends, foi constatado que 78% dos profissionais de RH acreditam que diversidade é a principal tendência para a contratação de novos colaboradores nesse ano.
Mas por que esse tema é a bola da vez para todos os tipos de empresa? Porque a diversidade só traz benefícios. Por exemplo, a consultoria McKinsey analisou a relação da diversidade étnica com o desempenho financeiro em mais de mil empresas, em seis países. Os dados mostraram que as empresas com maior diversidade em suas equipes executivas têm 33% mais propensão à rentabilidade, enquanto aquelas com menos diversidade étnico-cultural são 29% menos propensas a essa rentabilidade do que as outras.
Os ganhos não são só em resultados financeiros, mas em colaboração também. Um estudo da DDI World com mais de 2 mil empresas em 54 países analisou lideranças e constatou que esses profissionais têm duas vezes mais chance de trabalhar de forma colaborativa e de criar novas soluções e oportunidades quando estão em um ambiente diverso. A avaliação indicou ainda que esses líderes não têm habilidades diferentes da média, apenas as usam de maneira diferente.
Por fim, a diversidade também faz com que a empresa represente melhor seus consumidores. Com experiências variadas em uma mesma equipe, há um maior número de ideias e soluções para os produtos e um constante questionamento sobre se eles realmente atendem a todos os clientes que poderiam atender.
Para Camila Marinho, tester de acessibilidade em uma instituição financeira e deficiente visual, é sempre um desafio e uma dificuldade quando uma solução é pensada sem levar em consideração a acessibilidade. “Tentar utilizar um site, por exemplo, e não conseguir porque quem o desenvolveu não se preocupou com acessibilidade é frustrante. No trabalho também. As ferramentas internas das empresas quase nunca são acessíveis e isso é um forte implicador no que diz respeito à empregabilidade para a pessoa com deficiência”, afirma Camila.
Muitos empreendedores têm a impressão de que ações de diversidade e inclusão somente são possíveis em multinacionais e grandes corporações. Mas isso não passa de um mito. Ter um quadro de funcionários pequeno facilita na maior proximidade e facilidade para compartilhar dificuldades e criar laços, tanto dentro do escritório quanto com os clientes.
Para Alessandro Bueno, líder de acessibilidade na Microsoft Brasil, a empresa também pode criar processos simples para analisar com seus profissionais se eles têm as ferramentas corretas para executar suas tarefas. “Em alguns casos, uma boa dica é criar parcerias com empresas de tecnologia assistiva para dar consultoria de melhorias e com outras que avaliam o ambiente de trabalho para encontrar pontos de risco ou de ajustes”, sugere Bueno.
Por definição, segundo a i.Social, tecnologia assistiva é o conjunto de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com algum tipo de deficiência, incapacidade ou mobilidade reduzida, podendo variar de uma simples bengala a um sistema computadorizado. No ambiente corporativo, as tecnologias assistivas ajudam a trazer mais autonomia e produtividade para os profissionais com deficiência física, auditiva ou visual que precisam de ajudas técnicas para realizar seu trabalho de forma mais rápida e prática.
Além de uso da tecnologia certa, outras dicas como adaptar o processo de contratação e promover um diálogo inclusivo também ajudam na hora de criar um plano para ter uma maior representatividade de pessoas com deficiência no quadro da colaboradores.Confira o infográfico “Como criar um ambiente de trabalho inclusivo?” e conheça outras maneiras de criar uma empresa com mais inclusão e acessibilidade!
Empoderando pessoas a alcançar mais
Já sabemos que a tecnologia capacita pessoas de todas as habilidades e cria o ambiente certo para colaborar, comunicar e produzir. Por isso, a Microsoft se preocupa em sempre criar tecnologias que reflitam a diversidade de seus colaboradores e clientes para, dessa forma, seguir viabilizando a sua missão: empoderar cada pessoa e organização do mundo a alcançar mais.
As soluções do Windows 10, por exemplo, foram planejadas para oferecer recursos e ferramentas acessíveis e que atendam a essa parcela da população da melhor forma possível. “Acessibilidade é parte do processo de desenvolvimento de todos os produtos da Microsoft. O Windows tem suporte a ferramentas como mouses óticos e leitores de tela, assim como a milhares de dispositivos, desde linhas braile até scanners e impressoras braile”, comenta Alessandro Bueno.
O Office 365 é outro modelo dessa preocupação. Em ferramentas como Word, PowerPoint e Outlook, por exemplo, é possível verificar a acessibilidade do documento para garantir que todos possam colaborar com o arquivo, independentemente se as pessoas conseguem enxergar o conteúdo ou não.
Já com o Skype, é possível ultrapassar barreiras linguísticas com amigos, familiares e colegas. O reconhecimento de voz da ferramenta possibilita fazer chamadas com tradução automática de voz e de texto. aqui mais recursos inclusivos do Office 365 e do Windows 10!Conheça
Em maio desse ano, a Microsoft anunciou o lançamento do AI for Accessibility, um programa de cinco anos com investimento de 25 milhões de dólares para colocar ferramentas de inteligência artificial nas mãos dos desenvolvedores a fim de acelerar o desenvolvimento de soluções inteligentes e acessíveis com o objetivo de beneficiar mais de um bilhão de pessoas com deficiência em todo o mundo.
Avanços da inteligência artificial oferecem um enorme potencial, permitindo que pessoas com visão, audição, cognição, aprendizado, incapacidades de mobilidade e condições de saúde mental especiais alcancem e produzam mais em três cenários específicos: emprego, vida moderna e conexão humana.
Confira mais sobre o AI for Accessibility no vídeo abaixo:
*Para ver o vídeo com legendas em português, selecione: Detalhes > Legenda > Traduzir automaticamente > Português
A meta da Microsoft é refletir toda a diversidade da nossa sociedade dentro do ambiente de trabalho. Dessa forma, queremos que os avanços conquistados por nós sejam não somente os tecnológicos, mas também os de inovação em cultura empresarial, representatividade e igualdade de oportunidades.
A LER e DORT são as siglas para Lesões por Esforços
Repetitivos e Distúrbios Osteo-musculares Relacionados ao Trabalho, sendo
doenças caracterizadas pelo desgaste de estruturas do sistema
músculo-esquelético que atingem várias categorias profissionais.
Diferentemente do que ocorre com doenças não
ocupacionais, as doenças relacionadas ao trabalho têm implicações legais que
atingem a vida dos pacientes. O seu reconhecimento é regido por normas e
legislações específicas a fim de garantir a saúde e os direitos do trabalhador.
Geralmente os sintomas são de evolução insidiosa
até serem claramente percebidos. Com freqüência, são desencadeados ou agravados
após períodos de maior quantidade de trabalho ou jornadas prolongadas e em
geral, o trabalhador busca formas de manter o desenvolvimento de seu trabalho,
mesmo que à custa de dor. A diminuição da capacidade física passa a ser
percebida no trabalho e fora dele, nas atividades cotidianas.
As queixas mais comuns do portador de LER - DORT são:
Dor
localizada, irradiada ou generalizada,
Desconforto,
Fadiga,
Sensação
de peso,
Formigamento,
Dormência,
Sensação
de diminuição de força,
Inchaço,
Enrijecimento
muscular,
Choques
nos membros e
Falta
de firmeza nas mãos.
Nos casos mais crônicos e graves, pode ocorrer:
Sudorese
excessiva nas mãos e
Alodínea
(sensação de dor como resposta a estímulos não nocivos em pele normal).
Causas da LER – DORT
A LER ou DORT são as manifestações de lesões
decorrentes da utilização excessiva, imposta ao sistema músculo-esquelético, e
da falta de tempo para recuperação. Lesões neuro-ortopédicas como as
tendinites, sinovites, compressões de nervos periféricos podem ser
identificadas ou não.
Os fatores de risco não são necessariamente as
causas diretas das LER - DORT, mas podem gerar respostas que produzem as LER –
DORT. Os fatores de risco não são independentes, interagem entre si e devem ser
sempre analisados de forma integrada. Envolvem aspectos biomecânicos,
cognitivos, sensoriais, afetivos e de organização do trabalho.
Os fatores incluem:
Posto
de trabalho que force o trabalhador a adotar posturas, a suportar certas
cargas e a se comportar de forma a causar ou agravar afecções
músculo-esqueléticas.
Exposição
a vibrações de corpo inteiro, ou do membro superior, podem causar efeitos
vasculares, musculares e neurológicos.
Exposição
ao frio pode ter efeito direto sobre o tecido exposto e indireto pelo uso
de equipamentos de proteção individual contra baixas temperaturas (ex.
luvas).
Exposição
a ruído elevado, entre outros efeitos pode produzir mudanças de
comportamento.
Pressão
mecânica localizada provocada pelo contato físico de cantos retos ou
pontiagudos de objetos, ferramentas e móveis com tecidos moles de
segmentos anatômicos e trajetos nervosos provocando compressões de
estruturas moles do sistema músculo-esquelético.
Posturas.
As posturas que podem causar LER-DORT possuem três características que
podem estar presentes simultaneamente:
Posturas
extremas que podem forçar os limites da amplitude das articulações.
Força
da gravidade impondo aumento de carga sobre os músculos e outros tecidos.
Posturas
que modificam a geometria músculo-esquelética e podem gerar estresse
sobre tendões, músculos e outros tecidos e/ou reduzir a tolerância dos
tecidos.
Carga
mecânica músculo-esquelética. Entre os fatores que influenciam a carga
músculo-esquelética, encontramos: a força, a repetitividade, a duração da
carga, o tipo de preensão, a postura e o método de trabalho. A carga
músculo-esquelética pode ser entendida como a carga mecânica exercida
sobre seus tecidos e inclui:
Tensão
(ex.: tensão do bíceps);
Pressão
(ex.: pressão sobre o canal do carpo);
Fricção
(ex.: fricção de um tendão sobre a sua bainha);
Irritação
(ex.: irritação de um nervo).
Diagnóstico da LER – DORT
Para realizar o diagnóstico da LER – DORT, o médico
busca dados por meio da história clínica, levando em consideração as atividades
realizadas pela pessoa tanto no trabalho, quanto no lazer. Em seguida realiza
um exame físico geral, dedicando especial atenção aos locais afetados.
Exames complementares podem ser solicitados para
esclarecer o diagnóstico, incluindo:
Radiografias,
Ecografias,
Eletroneuromiografia,
Ressonância
magnética,
Exames
laboratoriais para condições reumáticas, dentre outros.
Tratamento da LER – DORT
O tratamento da LER – DORT têm início após um
diagnosticado correto e deve buscar uma abordagem integrada, ao invés de tratar
somente a sintomatologia:
Medidas
ergonômicas visam
à melhoria do espaço físico e dinâmico de trabalho que não induzam ao
desenvolvimento da LER – DORT. Por vezes, pequenas adaptações fazem
grandes diferenças. As pausas programadas podem ser consideradas atitudes
ergonômicas benéficas.
Exercícios
físicos são
benéficos e incluem tanto exercícios aeróbicos, como exercícios de
alongamento.
Fisioterapia
é
muitas vezes empregada na redução da dor e na recuperação da função e dos
movimentos do membro afetado pela LER – DORT.
Medicamentos
antiinflamatórios e analgésicos são utilizados para alívio da dor
aguda e crônica da LER - DORT. Devem ser utilizados com cautela e
recomendação médica.
Medicamentos
corticóides são antiinflamatórios mais potentes, porém com mais
efeitos colaterais, merecendo atenção médica redobrada.
Medicamentos
antidepressivos e outros agentes com ação no sistema nervoso central
são utilizados em quadros de dores crônicas provocadas pela LER – DORT ou
quando associadas a sintomas de humor e/ou ansiedade.
Intervenção
cirúrgica é indicada para casos associados a mal formações e
deformidades ósteo-musculares irreversíveis ao tratamento medicamentoso.
Prevenção da LER – DORT
Identifique
tarefas, ferramentas ou situações que causam dor ou desconforto e converse
sobre elas com os profissionais da Comissão de Saúde Ocupacional e com sua
chefia.
Faça
revezamento nas tarefas.
Procure
aprender outras tarefas que exijam outros tipos de movimento.
Faça
pausas obrigatórias de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados, evitando
ultrapassar 6 horas de trabalho diário de digitação.
Auxilie
na identificação das posições incorretas e forçadas no trabalho. Ao mesmo
tempo, procure dar sugestões sobre o que fazer.
Informe
claramente à sua chefia quando o tempo determinado para realizar uma
tarefa for reduzido.
Diante
dos sintomas de dor ou formigamento nos membros superiores, procure um
médico.
Procure
conhecer os recursos de conforto do seu posto de trabalho.
Procure
adotar as posturas corretas.
Levante-se
de tempos em tempos, ande um pouco, espreguice-se, faça movimentos
contrários àqueles da tarefa.
Exercícios para LER – DORT
Estes exercícios são indicados para prevenção e
auxiliam no tratamento da LER – DORT
Abra as mãos e encoste as palmas em "posição
de rezar". Com os dedos juntos flexione os punhos e comprima uma mão
contra a outra. (frente do peito).
Aperte dedo contra dedo, alongando-os um por um
(polegar contra polegar, indicador contra indicador e assim por diante). Pode
ser feito com todos os dedos ao mesmo tempo.
Cruze o dedo com dedo (gancho) e puxe
alternando-os. Ex. polegar com médio, anular com mínimo. A variedade fica por
conta de cada um.
Feche bem as mãos como se estivesse segurando algo
com força. Em seguida estique bem os dedos.
Abra os dedos afastando-os o máximo possível. Feche
os dedos apertando-os com a mão esticada.
Faça "ondas" com a mão e os dedos. Como
se a mão estivesse serpenteando no ar.
Balance as mãos.
Gire os punhos em círculo, com as mãos soltas, no
sentido horário e anti-horário.
Referências
1.LER/DORT. Protocolo
de atenção integral à saúde do trabalhador. Ministério da Saúde. 2006.
2.Lesão por esforços
repetitivos. Comissão de saúde ocupacional. Universidade Federal do Paraná.
3.Przysiezny, WL.
Distúrbios Osteo-musculares relacionados ao trabalho: um enfoque ergonômico.
Universidade Federal de Santa Catarina.
Fonte: Pesquisa retirada do sítio: http://www.bancodesaude.com.br/ler-dort/ler-dort